O Facebook vem mudando o algoritmo do feed de notícias para combater conteúdo sensacionalista. Nesta terça-feira (2), a empresa anunciou uma alteração para lidar especificamente com saúde: publicações que tentarem vender curas milagrosas ou que contiverem afirmações exageradas terão o alcance reduzido na rede social.
A mudança entrou em vigor no último mês. De acordo com o Facebook, as pessoas se reúnem na rede social “para conversar, defender e se conectar em torno de assuntos como nutrição, condicionamento físico e outras questões relacionadas à saúde”, por isso, é importante minimizar “conteúdos sensacionalistas ou enganosos sobre saúde” no feed de notícias.
Dois tipos de publicações serão combatidos. Primeiro, quando uma publicação “exagera ou engana, por exemplo, fazendo uma afirmação sensacionalista sobre uma cura milagrosa”. Segundo, quando “promove um produto ou serviço com base em uma alegação relacionada à saúde, por exemplo, promovendo uma medicação ou pílula para ajudar você a perder peso”.
A punição para essas publicações é a mesma de grupos que espalham notícias falsasou de usuários que “quase” violam as regras da rede social, com clickbait ou desinformação. Caso o Facebook detecte frases com alegações exageradas ou enganosas sobre saúde, a publicação terá menor classificação e aparecerá com menos frequência para outros usuários.
Segundo o Facebook, a mudança não influenciará significativamente no alcance da “maioria das páginas”.
O problema dos conteúdos sensacionalistas sobre saúde não é novo. No ano passado, o britânico The Telegraph descobriu que o Facebook estava promovendo curas “alternativas” para o câncer, mostrando as informações questionáveis com um destaque maior que o de órgãos como a Cancer Research UK.
Na ferramenta de busca do Facebook, sites anti-vacina chegavam a aparecer no topo dos resultados. As pesquisas direcionavam os usuários para páginas com falsas alegações de que vacinas poderiam causar autismo, diabetes e outros transtornos de saúde. Na época, o Facebook já havia anunciado que estava investindo em formas de limitar a disseminação sobre tratamentos de câncer não comprovados.
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