A Samsung não tem a mesma fama de outras empresas no mundo dos notebooks, como é o caso da Dell e Apple, mas vem apresentando modelos interessantes nos últimos anos. Os mais belos dela estão na linha Style, que foi renovada no evento na segunda quinzena de julho deste ano. Tudo começa com o Style S51. Isso, assim, sem sufixo ou nome extra e é o que menos chama atenção do trio.
Ele, assim como outros modelos da linha Style (tem até review do S51 Pro do ano passado aqui no Tecnoblog), aposta em um visual elegante e o que temos aqui é uma belezinha. A fabricante finalmente está mudando dos notebooks com bordas levemente arredondadas para algo mais quadradão, mais sóbrio e em um visual que outras marcas estão apostando forte – e que eu realmente prefiro, além de combinar melhor com o nome da linha.
O ponto curioso é que ele não chama atenção em nada além do design. É um notebook com Intel Core i3, i5 ou i7 de oitava geração (poderia ser nona, né?), com 256 GB de SSD e 4 GB ou 8 GB de RAM. E tudo isso é mais do mesmo no mercado, só que aí entra o tempero do visual que faz a diferença para este modelo e infelizmente deixa o preço mais salgado do que a concorrência.
Ele pode ser comprado com um Core i3 e 4 GB de RAM, o mínimo para rodar o Windows 10 de forma decente e em todos os modelos com estas configurações o visual é de plástico, meio sem sal. A Samsung oferece corpo em alumínio, laterais em ângulo reto e até USB-C – pouco comum nestes modelos mais simples.
Se você sobe para configuração mais elevada a mesma situação aparece. Ele deixa de ser caro se você busca design e potência – neste caso prepare para gastar mais de R$ 7 mil, enquanto que o S51 fica abaixo disso.
A tela é de 13,3 polegadas, com resolução Full HD, o teclado é no padrão brasileiro e vem até com leitor de impressões digitais, que é um mimo pouco comum e que ajuda bastante – melhor ainda: ele não é daqueles antigos que você precisa passar o dedo.
O S51 Pen (segundo do trio) me pareceu inferior, com cara de plástico e aquele visual com bordas arredondadas que eu falei lá nos parágrafos acima – me lembrou meu Chromebook Plus de primeira geração. Pior: ele custa R$ 8,5 mil, um valor que vou comentar mais para frente. O notebook tem corpo que vira tablet nos moldes dos 2 em 1 e remove as opções de hardware.
Sempre será um Core i7, 8 GB de RAM e 256 GB de SSD, que não tem a mesma facilidade de upgrade que apresentaram as linhas Essentials e Expert. É potência de sobra pra quem não joga, mas quer programas abrindo rápido e agradeça isso ao SSD. O extra dele é a caneta S Pen, que é mais ou menos a mesma que está nos Galaxy Note da vida.
Na manhã de uso eu senti que ela é realmente precisa como nos smartphones, mas que poderia ser um pouco maior, mais longa. No Galaxy Note faz sentido ser menor por conta do tamanho da carcaça do smartphone, mas no notebook este espaço é muito maior. Poxa, Samsung! Dá a sensação de uma economia sem muito sentido, que tira o conforto do uso da caneta por longos períodos.
O pior: ele custa R$ 2 mil além do preço do S51 mais potente, que tem exatamente o mesmo hardware deste modelo. O S51 Pen fica então mais caro, com visual de modelos antigos da Samsung e isso só pode ser justificado pela caneta S Pen, junto da tecnologia de indução de energia que é necessária na tela para que a canetinha funcione.
A não ser que você faça muita, mas muita questão da S Pen na sua vida, levar o S51 normal e economizar R$ 2 mil é uma escolha muito mais sensata.
No final o S51 Pro mostrou que é mais imponente, chama mais atenção na mesa e é o único do trio com 16 GB de RAM e GPU dedicada, sendo uma GTX 1650 com 4 GB de RAM só para ela. É o suficiente para alguns jogos recentes rodarem em Full HD, que é a resolução nativa da tela, com gráficos bem altos ou um passo abaixo disso. Ele abre mão de canetinha e coloca display de 15,6 polegadas.
Faz sentido e o ganho de desempenho geral, só por ter uma placa de vídeo dedicada, é interessante – especialmente visível em programas de edição de vídeo, por exemplo. Como no evento de lançamento eu não foi possível rodar nada além do Edge e o bloco de notas, não notei este ganho, mas sabendo que hardware pouco muda de uma fabricante de notebooks para outra, dá para ter uma ideia das capacidades do S51 Pro.
Lembrando que estamos falando de um notebook com design em primeiro lugar, então não faz qualquer sentido compará-lo com opções gamer do mercado que, com valores muito próximos, oferecem mais desempenho e até uma GeForce RTX 2060 ou 2070, que são superiores ao modelo da Samsung.
Ah, claro, todos os notebooks lançados hoje já estão nas lojas do varejo de todo o Brasil.
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