A Fortune Global 500, lista das 500 maiores empresas do mundo em faturamento, teve sua edição de 2019 publicada nesta segunda-feira (22) com nomes conhecidos: o Walmart segue liderando o ranking, a Apple permanece como a maior do setor de tecnologia e os brasileiros continuam sendo representados principalmente pela dupla Petrobras e Itaú.
Tim Cook tá feliz
Mas há alguns destaques. A Xiaomi apareceu no ranking pela primeira vez, na 468ª posição. O gigante do varejo Alibaba Group foi um dos que mais cresceu: subiu 118 posições, para ocupar a 182ª colocação. E as empresas chinesas passaram a dominar: são 129 companhias na lista, contra 121 dos Estados Unidos.
Estas são algumas das maiores empresas na Fortune Global 500:
Algumas detalhes na lista chamam a atenção. A Apple continua sendo uma máquina de fazer dinheiro: ela foi a segunda empresa com o maior lucro em 2018, perdendo só para a petrolífera Saudi Aramco, mesmo após vendas consideradas fracas do iPhone. A Samsung também impressiona: só existe o maior banco da China (ICBC) entre os coreanos e a Apple na lista das mais lucrativas.
Também vemos a tendência de queda das japonesas e a ascensão das chinesas. A Toshiba caiu 45 posições, a Sony 19 e a Panasonic 17. Por outro lado, a Xiaomi estreou no ranking, a Tencent subiu 94 posições e o Alibaba ganhou 118. Aliás, percebeu que o Alibaba, apesar da receita menor, teve mais lucro que a Amazon? Não é pura sorte: em 2018, os chineses lucraram mais que o triplo da empresa de Jeff Bezos.
É interessante notar como o mercado muda. Se voltarmos dez anos, para 2009, quase não havia empresa de tecnologia entre as maiores do Fortune Global 500. A líder em receita era a Shell, seguida pela Exxon Mobil. Em eletrônicos de consumo, a maior era a Samsung (e ela estava só na 40ª posição). A Apple comandada por Steve Jobs era respeitável, mas faturava US$ 32,5 bilhões, suficiente apenas para um 253º lugar.
E as brasileiras? Todas perderam posições em relação a 2018, menos a Caixa Econômica Federal, que não ganhou nem perdeu. A Petrobras, que já chegou a ser a 28ª maior do mundo em 2015, aparece apenas em 74ª em 2019. As empresas nacionais são muito penalizadas por causa da desvalorização do real: o lucro do Itaú, segunda maior do Brasil no ranking (em 191ª), praticamente só sobe a cada ano, mas era o equivalente a US$ 9,2 bilhões em 2014 e US$ 6,8 bilhões em 2018.
Aqui tem o ranking completo.
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