A Mozilla pode entrar no ramo de notícias: a dona do Firefox publicou uma página divulgando um serviço que permitiria consumir conteúdo jornalístico na internet sem se distrair com propagandas, por meio de uma assinatura mensal de US$ 4,99. O serviço ainda não está no ar, mas a Mozilla diz que trabalha no projeto.
Com o slogan “Apoie os sites que você ama, evite os anúncios que você odeia”, o Ad-free Internet by Firefox funcionaria por meio de uma parceria com os veículos de mídia. O usuário paga a assinatura mensal à Mozilla e, em troca, não vê anúncios nas páginas. Por sua vez, a Mozilla repassaria o dinheiro aos sites parceiros acessados pelos usuários.
Na página, a Mozilla chega a mostrar um botão para assinar o serviço — mas o usuário é direcionado para um questionário agradecendo o interesse e perguntando se você assinaria o produto. Depois das perguntas, a Mozilla informa que trabalha em parceria com o Scroll, um serviço de notícias que funciona nos mesmos moldes e ainda está em beta fechado.
“Os assinantes também recebem acesso a versões em áudio das matérias, favoritos que são perfeitamente sincronizados entre dispositivos, leituras recomendadas exclusivas, e um aplicativo que te ajuda a encontrar e consumir excelentes conteúdos, tudo sem a distração dos anúncios”, diz a Mozilla.
Você assinaria o serviço de notícias da Mozilla?
O Ad-free Internet by Firefox não é o único serviço que a Mozilla está planejando: ela também publicou uma página do Firefox Private Network, uma VPN paga para proteger sua conexão com criptografia mesmo em redes Wi-Fi abertas. Este também é um teste da Mozilla: há diferentes versões da página, com botões para assiná-lo por US$ 5, US$ 10 ou US$ 13 por mês.
Embora não haja definição de preço e o serviço ainda não esteja no ar, o Firefox Private Network parece estar em fase mais avançada de desenvolvimento na Mozilla. Em junho, o CEO Chris Beard afirmou que o Firefox ganharia, a partir de outubro, um serviço de assinatura dentro do navegador. Ele não deu detalhes, mas citou “VPN” e “armazenamento na nuvem” entre os serviços oferecidos.
Fato é que a Mozilla busca formas de diversificar suas fontes de receita — hoje, a empresa é muito dependente do Google, que paga para se manter como buscador padrão no Firefox. A Mozilla também estuda formas alternativas de financiamento na internet, já que “o ecossistema da publicidade online está quebrado”.
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