Quase ninguém acreditava na conversa da Microsoft quando a empresa anunciou que investiria em software livre e lançaria distribuições Linux em seu serviço de nuvem, o Microsoft Azure. Ainda mais em 2012, quando o CEO era Steve Ballmer. Mas a investida deu tão certo no mundo open source que, segundo um desenvolvedor da empresa, o pinguim já é mais usado que o Windows Server na nuvem da própria Microsoft.
O crescimento foi gradual. As primeiras instâncias com Linux apareceram em junho de 2012 no Microsoft Azure — que ainda era chamado de Windows Azure. Em 2015, o CTO Mark Russinovich disse que uma em cada quatro instâncias rodavam Linux. Dois anos depois, o sistema operacional de código aberto ultrapassou 40% de participação nas máquinas virtuais da nuvem da Microsoft.
Agora, em uma lista de discussão de segurança, o desenvolvedor Sasha Levin, responsável pelo kernel Linux na Microsoft (que estranho falar isso), comenta que “o uso do Linux na nossa nuvem ultrapassou o Windows”. No site do serviço de nuvem, a Microsoft já afirmava que “aproximadamente 50% de todos os núcleos de computação do Azure são Linux”.
Não é tão surpreendente considerando o mercado global de servidores, em que o Linux já lidera com 68% de participação, como mostra o ZDNet, mas não deixa de ser curioso.
O Microsoft Azure suporta atualmente máquinas virtuais com oito distribuições Linux: Red Hat, SUSE, openSUSE, Ubuntu, CentOS, Debian, CoreOS e Oracle Linux. Recentemente, a empresa licenciou 60 mil patentes de graça para o Linux. E, desde 2018, a Microsoft tem sua própria distribuição, o Azure Sphere OS, focado em internet das coisas.
Nada mal para uma empresa cujo CEO já declarou que o Linux era um câncer!
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