Ainda que o Google analise o que é enviado para a Play Store, alguns aplicativos que violam políticas da plataforma acabam chegando aos usuários. É o caso de apps voltados para seguir os passos de terceiros e ter acesso às suas ligações e mensagens.
O Google removeu sete aplicativos do tipo da Play Store apenas esta semana. Os stalkerware, como são chamados, costumam ser oferecidos como ferramentas de controle de pais. Porém, boa parte do público são stalkers que perseguem outras pessoas em relacionamentos abusivos.
Com cerca de 130 mil downloads, os aplicativos saíram do ar após denúncia feita pela Avast. Eles eram capazes de rastrear a localização de uma pessoa e davam acesso à sua lista de contatos e ao seu histórico de ligações e mensagens de texto.
Para piorar, a vítima dificilmente sabia que estava sendo espionada porque os aplicativos não exibiam ícones no celular. O Google diz que eles foram removidos pois sua política proíbe apps de espionagem. A empresa também incentivou usuários a denunciarem outros serviços que violem as regras.
O chefe de inteligência e segurança contra ameaças móveis da Avast, Nikolaos Chrysaidos, afirma que alguns dos aplicativos tinham descrições bastante explícitas. O texto usado por eles na Play Store indicava que eles permitiam “ficar de olho em traidores”.
“Esses aplicativos são altamente antiéticos e problemáticos para a privacidade das pessoas e não devem estar na Google Play Store, pois promovem comportamento criminoso e podem ser utilizados por empregadores, stalkers ou parceiros abusivos para espionar suas vítimas”, comentou.
Com o surgimento de mais aplicativos de espionagem, antivírus de empresas como Avast, Symantec e Kaspersky passaram a bloquear esses programas. A Kaspersky, por exemplo, conseguiu identificar, apenas em 2018, apps de espionagem em mais de 58 mil dispositivos.
Com informações: CNET.
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