As denúncias de invasões em celulares de membros do governo têm se tornando cada vez mais comuns. A mais recente foi feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que informou na segunda-feira (22) que seu aparelho foi alvo de um ataque hacker.
“Por favor, desconsiderem toda e qualquer mensagem vinda do número dele [Guedes] e das pessoas do gabinete. Amanhã [terça-feira] tomaremos as medidas cabíveis”, diz a nota enviada pela assessoria do ministro.
O presidente Jair Bolsonaro e o minsitro Paulo Guedes (Foto: Isac Nóbrega/PR – 06/05/2019)
Segundo o Valor, Guedes teria sido ficado sabendo da invasão por meio de um jornalista que recebeu em seu celular a notificação de que o ministro havia criado uma conta no Telegram. Ao perguntar para a assessoria se isso realmente aconteceu, ele recebeu uma resposta negativa.
O Ministério da Economia afirmou por meio de nota que a “possível invasão” ao telefone de Guedes está sendo apurada. A pasta enviou um ofício para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acione a Polícia Federal.
Ainda segundo o ministério, na segunda, vários jornalistas receberam mensagens e ligações no Telegram em nome de Guedes. “O Ministério da Economia ressalta que o ministro nunca teve conta nesse serviço e pede para que desconsiderem qualquer mensagem recebida do número antigo do ministro, que já será desativado”, diz a nota.
No domingo (21), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso, afirmou que também teve o celular hackeado. “Um criminoso invadiu meu telefone e isso é caso de polícia”, disse a parlamentar. Ela disse ainda que recebeu uma ligação do seu número.
O relato é parecido ao feito em junho por Moro, que alegou ter recebido uma ligação do próprio número depois que seu celular foi alvo de um ataque hacker. Na ocasião, o ministro afirmou que alguém enviou mensagens por ele no Telegram durante algumas horas.
Dias depois, Moro se tornou centro de uma série de reportagens do The Intercept Brasil baseadas em mensagens enviadas no Telegram por ele, o procurador-chefe da força-tarefa da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, e colegas. O site afirma que sua fonte entrou em contato “diversas semanas” antes da suposta invasão.
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