Antes de toda a polêmica envolvendo o bloqueio dos EUA, a Huawei estava bastante focada em crescer no Brasil: ela lançou por aqui o P30 Pro e P30 Lite, cogitou trazer o celular dobrável Mate X ainda este ano, e prometeu fabricar seus celulares localmente. Agora, um rumor diz que a empresa vai abrir lojas físicas no país, seguindo os passos da Xiaomi.
A coluna Radar, da revista Veja, diz que a Huawei vai abrir lojas no Brasil, começando com quiosques em São Paulo. Não há detalhes de quando isso vai ocorrer, nem de quais estabelecimentos — shopping, por exemplo — receberão esses quiosques na capital paulista.
No início de junho, a Xiaomi inaugurou sua primeira loja física no Brasil: ela fica localizada no Shopping Ibirapuera, em São Paulo, e segue o design interno de outras Mi Stores ao redor do mundo. Mais de 7 mil pessoas visitaram o local no dia da estreia.
Será que a Huawei teria uma recepção tão calorosa? Seus planos saíram dos trilhos depois que Donald Trump proibiu empresas dos EUA de fazer negócios com a fabricante chinesa, mencionando riscos de espionagem.
O Google deixou de oferecer versões prévias do Android Q, a ARM ficou impedida de licenciar designs para futuros processadores Kirin, e a Qualcomm interrompeu o fornecimento de chips para a Huawei.
Os celulares atualmente à venda, como o P30 Pro, não são afetados por enquanto: eles continuarão recebendo atualizações de segurança e poderão acessar a Play Store. Enquanto isso, futuros aparelhos da Huawei ficam comprometidos.
Rumores dizem que a fabricante prepara uma alternativa ao Android chamada Ark OS (HongMeng OS na China), mas ele não poderia usar aplicativos feitos por empresas dos EUA como o próprio Google, Facebook ou WhatsApp.
A Huawei queria crescer no Brasil para impulsionar seus planos de ultrapassar a Samsung globalmente até 2020, tornando-se a maior fabricante de celulares. Um alto executivo da empresa parece reavaliar a meta: “como surgiu essa nova situação, é muito cedo para dizer se seremos capazes de alcançar o objetivo”.
Estados Unidos e China estão travando uma guerra comercial e essa treta começa a respingar no mundo da tecnologia. A consequência dessa briga não é apenas o encarecimento de produtos tecnológicos, e as motivações vão muito além da “proteção dos postos de trabalho americanos”, como diz Donald Trump. A disputa também é pelo controle das redes 5G, que serão a via de tráfego dos dispositivos de Internet das Coisas.
Então, quem ficará no controle dos dados de todo o planeta: China ou EUA? Dá o play e vem com a gente!
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