A Apple continua na liderança absoluta do mercado de celulares premium, mas perdeu espaço para duas concorrentes no primeiro trimestre de 2019: a Samsung e a Huawei. De acordo com a Counterpoint Research, os coreanos conquistaram uma fatia recorde de 25% no segmento, enquanto a marca chinesa obteve boas vendas com as linhas Mate e P — mas isso pode mudar no próximo relatório.
Samsung Galaxy S10e e Huawei P30 Pro
No primeiro trimestre de 2019, 47% dos celulares premium, isto é, aqueles com preço no atacado superior a US$ 400, foram comercializados pela Apple. Ainda se trata de uma posição confortável para a empresa de Tim Cook, mas isso representa uma queda de 8% no segmento em relação ao mesmo período de 2018. A Counterpoint diz que o ciclo de vida dos iPhones subiu para cerca de três anos, o que tem afetado as vendas.
Já a Samsung conseguiu melhorar suas vendas devido às “alterações substanciais de design na série Galaxy S10 e melhor proposição de valor que oferece em comparação com os iPhones”, segundo o estudo. Isso parece se repetir no Brasil: a empresa afirma que o Galaxy S10, Galaxy S10+ e Galaxy S10e superaram em 80% o número de unidades vendidas do Galaxy S9 e Galaxy S9+ no primeiro mês de lançamento.
A grande incógnita é a Huawei. Ela também conseguiu crescer, abocanhando 16% do mercado global de celulares premium e conquistando a liderança na China, ultrapassando a Apple. Só que a empresa deve sofrer neste segundo trimestre de 2019 devido às sanções americanas. Embora os aparelhos premium representem só 18% das unidades vendidas da Huawei, esta é a faixa de preço com maior margem de lucro — o que pode prejudicar os investimentos com marketing e pesquisa.
Como de costume, os rankings regionais são um pouco diferentes do resto do mundo. Globalmente, as maiores vendedoras de celulares premium são, na ordem, Apple, Samsung, Huawei, OnePlus e Google. Na América Latina, a liderança se inverte: temos a Samsung na frente, seguida pela Apple, Huawei, Motorola e, por incrível que pareça, a Sony, que saiu do mercado de smartphones no Brasil.
A Counterpoint informa que a América do Norte continua sendo o maior mercado dos celulares premium, com 30% de todas as vendas, seguido por China (26%) e Europa Ocidental (17%). Mas talvez o Brasil e a América Latina apareçam entre os principais em um futuro breve: a IDC mostra que os celulares acima de R$ 3 mil tiveram um crescimento de 22% no país de 2017 para 2018.
É por isto que as fabricantes têm ganhado mais dinheiro com celulares: o gasto médio com um aparelho no Brasil subiu de R$ 1.150 em 2017 para R$ 1.307 em 2018. As empresas faturaram R$ 58,1 bilhões no setor, um aumento anual de 6%, apesar de a quantidade de aparelhos vendidos ter caído 7%, para 44,4 milhões de unidades.
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