O desenvolvedor Apolinário Passos criou uma extensão para o Google Chrome que adiciona de volta os dados sobre a COVID-19 que o Ministério da Saúde retirou do Painel Coronavírus, incluindo o total de mortes e de casos confirmados. Por sua vez, o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) criou um portal próprio com os números mais recentes sobre a pandemia.
A extensão Transparência COVID-19 está disponível na Chrome Web Store e pode ser instalada no Chrome e em navegadores como o Opera e o novo Microsoft Edge. “Essa extensão, a título de transparência, adiciona novamente o número total de casos, óbitos e recuperados, que foram removidos do site covid.saude.gov.br“, diz a descrição.
No Twitter, Apolinário explica que os dados adicionais vêm de uma planilha do Excel nos servidores do Ministério da Saúde que é atualizada todo dia, mas cujo link fica escondido no Painel Coronavírus.
Infelizmente, há outro problema: o governo divulgou números divergentes sobre a doença neste domingo (7). Inicialmente, o ministério mencionava 1.382 novas mortes; horas depois, o valor foi revisado para 525.
Painel Coronavírus não tem total de casos nem óbitos acumulados:
Por isso, o Conass — entidade que engloba as secretarias da saúde de todos os 26 estados mais o Distrito Federal — lançou um portal com seus próprios números, incluindo o total de casos confirmados e de óbitos.
É possível acessar o Painel Conass COVID-19 em conass.org.br/painelconasscovid19. Segundo ele, foram registradas 1.116 novas mortes entre sábado e domingo. “A ciência, a verdade e a informação precisa e oportuna são fios condutores do processo orientador da tomada de decisão na gestão da saúde”, escreve Alberto Beltrame, presidente do Conass.
O projeto de lei 2.151/2020, apresentado pelo deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), quer exigir que o governo dê mais transparência aos números da COVID-19. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende votar o texto durante esta semana.
O PL prevê a divulgação do número de curas e óbitos; quantidade de testes disponíveis para diagnóstico e de testes realizados; doenças preexistentes e comorbidades; taxa de ocupação dos leitos de internação; compras de EPIs (equipamentos de proteção individual) e respiradores mecânicos; entre outros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário