A Oi Móvel está à venda, e a lista de interessados aumentou: a Algar, que atua no segmento corporativo e para residencial em regiões de Minas Gerais e São Paulo, aposta na compra da operadora para crescer no mercado de telefonia brasileiro. Além disso, a empresa tem interesse em adquirir participação da InfraCo, divisão de fibra óptica da Oi que pretende cobrir 30 milhões de domicílios até 2024.
De acordo com o jornal O Globo, a compra seria conjunta com o fundo soberano Cingapura GIC, dono de 25% do capital social votante da Algar. A Oi precificou a venda da divisão móvel em pelo menos R$ 15 bilhões para 100% das ações, enquanto a venda de 25% a 51% do capital econômico da companhia de fibra teria primária mínima de R$ 5 bilhões e secundária de R$ 6,5 bilhões.
Na disputa pela Oi Móvel também se encontram Claro, Vivo e TIM – as últimas duas inclusive oficializaram interesse de uma compra conjunta. Caso o negócio seja concluído, a Oi espera encerrar o processo de recuperação judicial que se estende desde 2016 e passa a atuar exclusivamente com rede fixa.
A Algar é uma operadora que atua como concessionária em algumas regiões de Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Anteriormente chamada de CTBC, a empresa oferece serviço de telefonia móvel e banda larga fixa para pessoas físicas em 87 municípios. A cobertura para o mercado corporativo é maior, atingindo 359 cidades em 16 estados e Distrito Federal.
Dados da Anatel apontam que a Algar possui 2 milhões de linhas celulares, 1,3 milhão de linhas de telefonia fixa (sendo 55,2% como concessionária), 625 mil acessos de banda larga e 62,7 mil clientes de TV por assinatura. Em 2020, a empresa decidiu encerrar a operação do serviço de TV por assinatura e passou a indicar a Sky para a base de clientes.
Nas cidades entrantes, a Algar atua apenas com tecnologia de fibra óptica e comercializa banda larga com velocidades de até 300 Mb/s. Ainda há acessos usando ADSL e cabo nas áreas onde é concessionária.
Como operadora móvel, a Algar possui uma grande base de clientes de planos pós-pagos (64,6%). A cobertura própria se restringe aos municípios onde é concessionária de serviços fixos, mas as demais regiões são atendidas graças a acordos de roaming e uma parceria com a Surf Telecom que a transforma em uma operadora móvel virtual (MVNO).
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