A Qualcomm anunciou nesta semana mais uma geração de processadores para smartwatches: os Snapdragon Wear 4100 e 4100 Plus. Ambos prometem ser mais velozes com mais clock na CPU, mais força na GPU, gastam menos energia e eu não sei se é velocidade que é o que pode salvar o Wear OS.
Comparando com a geração passada, o Snapdragon Wear 3100, o salto dentro do silício é grande. A litografia passa de 28 para 12 nanômetros e os quatro núcleos deixam de ser Cortex-A7 para trabalharem com Cortex-A53 com velocidade de até 1,7 GHz (antes ia até 1,1 GHz), junto de LPDDR3 de 750 MHz. Agora o relógio utiliza um processador de imagem de até 16 megapixels, mas eu tento entender o motivo disso. Não consigo.
A placa gráfica passa a ser uma Adreno 504 e o chip para tela ligada o tempo todo evolui de 16 para 64.000 cores no display em modo ambiente, além de utilizar mais sensores neste modo de economia de energia como continuar lendo os batimentos cardíacos, contando o número de passos, além de exibir o despertador e o dia da semana.
A diferença entre os modelos Snapdragon Wear 4100 e Snapdragon Wear 4100 Plus está justamente na presença deste co-processador menor, que lida apenas com os recursos que são necessários quando o usuário escolhe deixar a tela ligada o tempo todo. O Snapdragon Wear 4100 não tem este segundo silício.
Mesmo sem um segundo chip de menor consumo, a Qualcomm diz que reduzir a litografia para menos da metade do tamanho anterior, junto de outras melhorias internas, garante uma economia de energia de até 25%, enquanto que o ganho na velocidade geral é de 85% no sistema. Ele trabalha com modem 4G para ligações, Bluetooth 5.0 e Wi-Fi.
O mercado de smartwatches precisa de muito mais do que apenas um novo processador mais veloz para fazer o Wear OS aparecer, principalmente com Apple Watch comendo 55,5% de todas as vendas de smartwatches no primeiro trimestre deste ano, seguido pela Samsung com 13,9% de participação e em terceiro fica a Garmin, com 8%. Nenhuma destas marcas utiliza Wear OS do Google, que está misturado em um grupo de “Outros” da mesma pesquisa de mercado, apontando 22,6% de participação mundial.
Mesmo assim, as marcas Mobvoi e Imoo estão na lista das primeiras que receberão os novos chips para seus produtos nos próximos meses. Você nunca escutou algo dessas marcas? A Mbvoi faz relógios como os Tic Watch e a Imoo faz smartwatches infantis.
Com informações: Qualcomm.
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