Após pressão de grupos de direitos civis, o Facebook anunciou que vai alertar usuários caso posts de políticos violem os seus termos de uso com práticas como desinformação. A empresa afirma que vai manter os conteúdos disponíveis porque os considera de interesse público. Porém, eles contarão com um rótulo se forem considerados problemáticos.
Em seu perfil no Facebook, Mark Zuckerberg afirmou que considera importante manter as publicações para as pessoas as acessarem por si próprias. Em caso de descumprimento dos termos de uso, a rede social vai apontar a violação junto aos conteúdos. A medida vale somente para os casos em que o interesse público se sobrepor ao risco de dano aos usuários.
“Permitiremos que as pessoas compartilhem esse conteúdo para condená-lo, assim como fazemos com outros conteúdos problemáticos, porque essa é uma parte importante de como discutimos o que é aceitável em nossa sociedade”, afirmou Zuckerberg. Segundo o executivo, as publicações ainda serão removidas se estimularem a violência ou o não comparecimento em eleições.
“Mesmo que um político ou funcionário do governo diga isso, se determinamos que o conteúdo pode levar à violência ou privar as pessoas do seu direito de voto, retiraremos esse conteúdo”, continuou Zuckerberg. “Continuaremos a trabalhar com especialistas externos e organizações de direitos civis para ajustar nossa abordagem à medida que novos riscos surgirem”.
Nos últimos dias, cerca de 100 empresas anunciaram que suspenderiam anúncios no Facebook durante o mês de julho em apoio à campanha de grupos de direitos civis que pedem mais ação da rede social no combate ao discurso de ódio e à desinformação. Entre as marcas, estão Coca-Cola, Starbucks, Honda, Unilever, P&G, Verizon e Ben & Jerry’s.
Elas mostraram apoio ao movimento Stop the Hate for Profit (“Pare o ódio pelo lucro”), elaborado pela Liga Anti-Difamação (ADL) para combater o discurso de ódio nas redes sociais. O grupo faz críticas por entender que o Facebook não age para evitar as publicações com discurso de ódio, exemplificadas pela declaração de Trump sobre as manifestações conta a violência policial nos EUA.
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