segunda-feira, 13 de julho de 2020

Watch Dogs Legion - Todos estão conectados [Preview] | Jogos | Tecnoblog

Com um smartphone na mão, hackeei e voei em drones de carga, criei armadilhas elétricas, despistei a polícia, resgatei informantes de um edifício fortemente vigiado… Isso tudo na pele de uma pessoa comum. Testei uma demo de Watch Dogs Legion para o Tecnoblog e, logo de cara, me impressionou a fluidez de como você pode trocar entre vários personagens rapidamente, cada um com sua especialidade.

Para este preview, que durou 3 horas, pude explorar uma versão fictícia de Londres – onde o governo local está usando a tecnologia para controlar a população. O grupo secreto de hackers, DedSec (que apareceu no primeiro Watch Dogs), está sendo injustamente acusado de explodir bombas pela cidade. Cabe a eles descobrirem os verdadeiros culpados pelos ataques e limpar o nome da equipe.

Várias atividades estavam desbloqueadas para degustação, desde algumas main quests, a missões de recrutamento (falarei mais sobre isso adiante) e extras como: encher a cara no bar e sair bêbado pela rua, jogo de dardos, fazer embaixadinhas, comprar roupas, resolver puzzles de circuitos (para ter acesso a salas protegidas e abrir portas), usar veículos e etc.

Watch-Dogs-Legion-Preview

Mais uma coisa: esta demo não representa o resultado final do jogo e minhas impressões, descritas neste artigo, podem mudar ao testar o game completo para o review.

O que deu para perceber bem nitidamente é que, aparentemente, não há mais apenas um protagonista. A demo começou no prólogo, me colocando no controle de um homem, muito bem vestido, que precisava se infiltrar num local controlado pelo governo e impedir que bombas fossem detonadas por Londres.

Ele quase conseguiu, mas os adversários do DedSec estavam a um passo adiante e detonaram os explosivos. Cercado, o integrante do grupo hacker foi neutralizado pelos vigilantes.

Após uma cutscene, me vi no controle de um novo integrante do DedSec, com novas habilidades específicas. A partir daí, estava livre para explorar o que quisesse. De imediato, fui dar uma olhada se o sistema de recrutamento e trocas de personagens jogáveis funcionava mesmo. O resultado, ao menos nesta demo, me impressionou bastante.

Watch-Dogs-Legion

Não que você possa, literalmente, recrutar qualquer ser vivo que estiver na sua frente, mas a quantidade de perfis diferentes de pessoas que se pode tentar convencer a se unir a sua causa é suficiente para cada jogador criar equipes únicas. Desde altos executivos, construtores civis e enfermeiros até senhorinhas de idade e uns caras que parecem cafetões.

Alguns desses indivíduos já são simpatizantes do DedSec, então basta falar com eles e convidá-los para o time (se as habilidades deles te interessarem). Você pode hackeá-los antes para ver se o perfil te agrada. Outras pessoas ou estão receosas de se unir ao DedSec ou têm aversão ao grupo.

Neste caso, se quiser muito estes personagens, você precisará resolver alguns problemas para eles. Dentre algumas missões de recrutamento estão: limpar o nome de alguém dos registros da polícia, desviar uma carga de órgãos do tráfico (que iria para pessoas ricas) para entregar a um hospital e por aí vai.

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Se estiver no meio de uma missão, avistar alguém com habilidades interessantes, mas não pode parar (naquele momento) para resolver as angústias da pessoa e recrutá-la… Sem problemas! Basta salvar este perfil em seu smartphone e acessá-lo depois, no menu de pausa, para ver o que ele/ela precisa que seja solucionado. Inclusive, é possível ver toda a rotina dos perfis salvos e rastrear todos os seus passos. Mais ou menos como o Google já faz com a gente.

Uma vez recrutado, o novo integrante irá para a base do DedSec, mas poderá ser convocado pelo menu. Aí é que vem um ponto bem positivo, na minha opinião: não precisa ir na base sempre que quiser trocar de personagem. Basta chamá-lo pelo celular. A partir daí, o atual bate um papo rápido com o que acabou de trocar e pronto. Você já está no controle do novo personagem.

Claro que essas trocas não podem ser feitas enquanto se está no meio do caos, sendo perseguido por Deus e o mundo. E falando em caos, caso seja abatido, seu personagem recrutado não morre, mas vai preso e fica indisponível para ser escolhido por alguns minutos. Você terá que selecionar outro para continuar a atual missão (toda de novo).

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Outra coisa interessante que notei, nessa troca de personagens (cheguei a mudar três vezes numa só missão), é que todos os integrantes que você controla são dublados e interagem com os NPCs e cutscenes normalmente, como se fossem protagonistas únicos. Cada um deles têm falas próprias também. Fico imaginando o trabalho que deve ter dado dublar dezenas de perfis diferentes para as mesmas cenas e, ainda, acrescentando algumas falas únicas.

Desde o primeiro jogo da série Watch Dogs (que divide opiniões até hoje) sua principal arma, sendo um hacker, é seu smartphone. É claro que não dá para resolver tudo enviando fotos grotescas para os celulares de outras pessoas, como distração para fugir, ou hackeando sinais de trânsito. Por isso, um bom hacker também tem à disposição alguns brinquedinhos tech.

Em Legion, os tradicionais gadgets da franquia estão de volta, como os drones aranha (com armas letais acopladas ou armas de choque) perfeitos para infiltrar em locais de difícil acesso, drones voadores (os de carga podem te carregar também), entre outros acessórios.

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Como há vários tipos de drones sobrevoando Londres (de carga, de anúncios e de entregas), hackeá-los representa uma grande vantagem para te ajudar a ter uma visão melhor de algum lugar e, no caso de carga, facilitam muito a vida na hora da fuga. Apenas os drones vigilantes não podem ser hackeados a seu favor (ao menos nesta demo) e apenas podem ser desativados.

Talvez a maior novidade seja mesmo poder voar em alguns drones, mesmo com velocidade bem limitada. No mais, aparentemente o padrão dos gadgets é o mesmo. Isso também vale para as armas. Você tem, assim como nos games anteriores, opções letais e não letais. Tudo vai de acordo com sua abordagem: se quiser ser mais stealth, opte por armas de choque.

O que também não mudou foi a possibilidade de usar o ambiente a seu favor. Ao tentar acessar algum lugar fortemente vigiado, crie armadilhas a partir de caixas de energia e outras estruturas eletrificadas, por exemplo. Basta hackeá-las diretamente ou por meio de uma câmera de vigilância.

Drone aranha dando um beijo eletrizante no guardinha.

Não posso fazer muitos comentários (ainda) sobre a qualidade visual do game, mas para uma build de preview, o jogo estava bem apresentável. Segundo a Ubisoft, ele foi rodado numa máquina com uma GeForce RTX e ray tracing ligado. Deu para perceber algumas luzes e sombras mais realistas, mesmo em momentos de agitação.

O áudio também fez um bom papel, embalando as sequências de ação e, principalmente, nas rádios – toda vez que se usava algum veículo. Algumas músicas são até bem conhecidas, mesmo em versões tecno.

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Ao longo do tempo que pude testar Watch Dogs Legion remotamente (não deu para testar o modo online ainda) percebi que o grande diferencial desse jogo, em relação aos dois anteriores, é mesmo a versatilidade de personagens controláveis e a fluidez dessas trocas. Inclusive, esta novidade é a principal peça de marketing do game.

Se isso for bem executado e continuar sendo interessante, do início ao fim da campanha, o título promete (quem sabe) sair um pouco da sombra de outros AAA de destaque da Ubisoft, como Assassin’s Creed e Rainbow Six Siege (ou até ressuscitarem Splinter Cell). Gostei da experiência e não vejo a hora de montar meu time de velhinhas hackers! Ah, o jogo chega dia 29 de outubro de 2020.

Tem dúvidas sobre esse gameplay demo? Faz sua pergunta nos comentários que tentarei responder, dentro do possível.

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