Fechando o ciclo de resultados financeiros das gigantes de tecnologia, a Amazon divulgou na quinta-feira (30) um lucro líquido recorde de US$ 5,2 bilhões (R$ 27 bilhões) no segundo trimestre de 2020, batendo de longe as expectativas do mercado. O resultado foi impulsionado pela alta nas vendas e impressiona se considerarmos que a empresa investiu US$ 4 bilhões em despesas relacionadas ao combate ao coronavírus.
Em abril, a Amazon já havia adiantado que iria gastar todo o lucro estimado para o segundo trimestre em medidas de combate à pandemia, como o aumento da capacidade de testes, melhoria de protocolos de limpeza, equipamentos de proteção individual e aumento de salário de funcionários.
A empresa confirma aos investidores que mais de US$ 4 bilhões já foram destinados às medidas de combate. Além disso, a Amazon pagou um bônus de US$ 500 milhões aos funcionários da linha de frente e contratou 175 mil novas pessoas desde março para dar conta do aumento na demanda. Desses, 125 mil estão em processo para se tornar funcionários em tempo integral.
Para se ter uma ideia das expectativas do mercado, os analistas estimavam em média um lucro por ação de US$ 1,46 no segundo trimestre, como informa o Yahoo. Mas o lucro de US$ 5,2 bilhões da Amazon foi equivalente a US$ 10,30 por ação, ou sete vezes acima do projetado.
O faturamento chegou a US$ 88,9 bilhões (R$ 462,5 bilhões), um crescimento de 40% em comparação com o mesmo período de 2019. O aumento expressivo era esperado em meio à pandemia, que diminuiu a presença de consumidores em lojas físicas e beneficiou o e-commerce, mas também ficou acima das expectativas de US$ 81,2 bilhões do mercado financeiro.
Mas o que realmente dá lucro na Amazon é a divisão de nuvem. Com mais empresas utilizando as ferramentas de comunicação do Amazon Web Services, a receita com cloud subiu 29%, para US$ 10,8 bilhões, enquanto o lucro operacional foi de US$ 3,4 bilhões, uma alta de 58% em comparação com o segundo trimestre de 2019.
E, claro, Jeff Bezos ficou ainda mais bilionário. O homem mais rico do mundo, que também é o maior acionista individual da Amazon, com 11% de participação na empresa, chegou a um patrimônio de US$ 189,5 bilhões com a alta de 6% nos papeis da Amazon na quinta-feira (30).
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