As manifestações em diversos países após o assassinato de George Floyd levaram algumas empresas a ampliarem suas ações em favor da causa antirracista. A Uber, por exemplo, anunciou um plano para apoiar funcionários, parceiros e clientes negros, incluindo um investimento de US$ 10 milhões e uma iniciativa para ampliar a diversidade em cargos de liderança.
Em seu comunicado, a empresa indicou que destinará US$ 10 milhões para pequenas empresas de pessoas negras nos próximos dois anos por meio de promoções e apoio comercial para aumentar a demanda nesses locais. A companhia também anunciou que, até o fim de 2020, não cobrará taxa de entrega de restaurantes de pessoas negras.
O aplicativo da Uber também deverá receber melhorias para facilitar denúncias de discriminação, enquanto o Uber Eats destacará permanentemente a diversidade de restaurantes, para os usuários conhecerem quais são de empreendedores negros. Além disso, a empresa vai expandir o seu programa de diversidade de fornecedores para dobrar suas despesas em empresas de pessoas negras.
O plano prevê ainda ações para aumentar a diversidade em cargos de liderança. Até 2025, a empresa espera dobrar a representatividade negra nesses postos com o desenvolvimento e a contratação de profissionais. A empresa também deve criar programas de estágio em parcerias com ONGs de todo o mundo e meios para motoristas, entregadores e funcionários de atendimento buscarem oportunidades na área corporativa.
Ainda no comunicado, a Uber informou que criará o cargo de chefe de produto para Inclusão e Acessibilidade, que ajudará a criar soluções que atendam a todos e levem em consideração fatores como raça, gênero, idade ou habilidade. A empresa também criará treinamentos com foco antirracista para motoristas e passageiros nos Estados Unidos e no Canadá, e para seus funcionários.
O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, afirmou que a empresa pretende oferecer uma plataforma mais segura e inclusiva. O executivo admitiu que é preciso fazer mais para ajudar a combater o racismo que persiste na sociedade. “Ainda que não tenhamos resultados imediatamente, não podemos deixar que a questão do racismo e da desigualdade sistêmica desapareça de nossas mentes ou ações”, afirmou.
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