No começo de junho, a Intel anunciou dois processadores Lakefield com tecnologia híbrida: os chips Core i5-L16G7 e i3-L13G4 combinam núcleos para tarefas exigentes com núcleos para tarefas simples. Agora, surgiram rumores de que essa tecnologia, chamada pela Intel de Big-Bigger, irá chegar aos chips Alder Lake-S, para desktops.
Essa abordagem lembra a tecnologia big.LITTLE, disponível há alguns anos para processadores ARM. O que ela faz é justamente combinar um conjunto de núcleos potentes que, como tal, dão conta de tarefas exigentes, com núcleos mais econômicos, por assim dizer, mas que conseguem lidar com tarefas simples.
A tecnologia big.LITTLE foi muita bem aceita pela indústria, afinal, o acionamento de núcleos específicos de acordo com a complexidade da tarefa traz alívio para o calcanhar de Aquiles de smartphones, tablets e afins: a bateria.
Seguindo essa lógica, faz sentido que os mencionados chips Lakefield tragam uma tecnologia equivalente. Os processadores Core i5-L16G7 e i3-L13G4 são direcionados a PCs finos e com tela dupla. Neles, a bateria também tende a ser um fator fortemente limitante.
Ainda não está claro quais vantagens a arquitetura híbrida trará para o desktop, mas é provável que o benefício simplesmente gire em torno do consumo reduzido de energia.
Nos chips Lakefield, a tecnologia Big-Bigger combina um núcleo Sunny Cove para tarefas pesadas com quatro núcleos Atom Tremont de baixa potência para atividades simples.
Um documento vazado pelo site VideoCardz indica que, por sua vez, os primeiros processadores Alder Lake-S terão até 16 núcleos: oito potentes (Big — Golden Cove) mais oito econômicos (Small — Atom Gracemont).
É provável até que os chips Alder Lake-S permitam que os núcleos Big e Small compartilhem determinados conjuntos de instruções. Porém, outros conjuntos funcionarão somente quando os núcleos Big forem ativados.
Assim como os processadores Lakefield, os modelos Alder Lake-S provavelmente não terão compatibilidade com instruções AVX-512, por exemplo, que otimizam o desempenho em operações de ponto flutuante.
Em compensação, é possível que esses chips funcionem com um conjunto mais simples de instruções AVX que não existe na linha Lakefield. É cedo para sabermos se esse atributo terá impacto positivo perceptível no desempenho dos chips Alder Lake-S, mas as expectativas são grandes.
Entre outras características, os modelos Alder Lake-S terão tecnologia de 10 nanômetros, suporte a memórias DDR5, soquete LGA 1700 e compatibilidade com o PCI Express 4.0. Isso, é claro, se o vazamento estiver certo.
Mas teremos que ter paciência para descobrir o que eles realmente irão oferecer: os processadores Alder Lake-S corresponderão à 12ª geração de chips Core e só serão anunciados em meados de 2021 ou em 2022 (mais provável). Antes deles, teremos os modelos Intel Core Rocket Lake-S (11ª geração).
Com informações: Tom’s Hardware.
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