Com as leis de privacidade ficando mais rigorosas em vários países, processos judiciais relacionados ao assunto tendem a ser mais frequentes. Nos Estados Unidos, o Google é alvo de uma ação judicial recente que acusa a companhia de monitorar usuários mesmo quando estes desativam as opções de rastreamento.
O processo está em nome de vários consumidores e diz, basicamente, que o Google registra as atividades deles em diversos aplicativos, mesmo quando os recursos de rastreamento são desativados nessas ferramentas ou nas configurações de conta da plataforma. O monitoramento viola leis federais dos Estados Unidos e uma legislação da Califórnia sobre privacidade, aponta a queixa.
Os autores alegam ainda que o monitoramento é feito por meio do Firebase, uma abrangente plataforma que registra determinadas atividades do usuário em aplicativos. Esses dados podem ser usados para direcionar anúncios, rastrear falhas em interfaces, compartilhar conteúdo via notificações e assim por diante. Para tanto, os recursos do Firebase são integrados aos apps e atuam de modo “invisível”.
“Mesmo quando os usuários seguem as instruções fornecidas pelo Google e desativam o rastreamento em ‘Atividade na Web e de apps’ nos ‘Controles de atividade’, o Google continua interceptando o uso de aplicativos, as comunicações de navegação e informações pessoais”, diz um trecho do processo.
Até o momento, o Google não se pronunciou sobre o assunto, mas o mesmo escritório de advocacia que move esta ação abriu um processo com alegação parecida em junho. Na ocasião, a companhia explicou que iria se defender de todas as acusações.
É possível que o departamento jurídico do Google esteja bem preparado para lidar com acusações do tipo e consiga livrar a companhia de ambas as ações.
Mas, provavelmente, o Google está preocupado com outra coisa: já faz algum tempo que a companhia vem passando por uma investigação antitruste nos Estados Unidos; nesse processo, o Firebase pode realmente ser um complicador.
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