Um recurso de privacidade do iOS 14 dedura os aplicativos que tentam descobrir o que o usuário copiou para a área de transferência. Isso pode até ser normal em serviços de pagamento, por exemplo, mas não em games e redes sociais, que levaram um dedo na cara dos iPhones. O LinkedIn estava entre os “desmascarados” e foi processado por um usuário nos Estados Unidos.
A ação coletiva foi aberta por um usuário de iPhone na sexta-feira (10) e descoberto pela Forbes. Adam Bauer, que mora em Nova York, diz que o LinkedIn deve “remediar uma violação de privacidade particularmente descarada e indefensável” por ter lido as informações mais sensíveis dos usuários.
Para Bauer, o problema é mais grave porque, com o recurso de Área de Transferência Universal, que compartilha os dados copiados entre iPhones, iPads e Macs, o LinkedIn pode ter tido acesso não apenas aos dados do celular, mas também de outros dispositivos Apple. No processo, Bauer diz que não teria utilizado o aplicativo do LinkedIn se soubesse que ele acessava a área de transferência.
Ainda em estágio beta, o iOS 14 mostra uma notificação na parte superior da tela quando um aplicativo acessa o clipboard. Essa prática pode até ser justificável ao facilitar a colagem de um código de autenticação em duas etapas ou o código de barras de um boleto bancário, mas é difícil imaginar por que diabos o PUBG Mobile, TikTok ou a Reuters querem ver essa informação.
O LinkedIn diz que está ciente da ação e analisa o caso. No Twitter, o vice-presidente de engenharia de produtos para consumidores (ufa!), Erran Berger, diz que a rede social não armazena nem transmite o conteúdo da área de transferência dos usuários, e que a notificação era um bug do aplicativo, atualizado no dia 4 de julho para corrigir a falha.
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