O TikTok e outros 58 aplicativos chineses foram banidos pela Índia no final de junho sob alegações de riscos à privacidade dos usuários. Agora, os serviços também poderão ser impactados por uma decisão dos Estados Unidos. De acordo com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, o país também considera banir as plataformas chinesas.
“Estamos levando isso muito a sério e certamente estamos analisando”, afirmou Pompeo em entrevista à Fox News na segunda-feira (6). Ele citou casos de Huawei e ZTE, que também foram alvos de sanções dos EUA, e afirmou sem dar mais detalhes que não quer se adiantar à decisão do presidente americano, Donald Trump.
“Trabalhamos nessa questão há muito tempo”, continuou. “No que diz respeito aos aplicativos chineses nos celulares das pessoas, posso garantir que os EUA também farão o correto”. Além de EUA e Índia, a Austrália cogita banir o TikTok devido a acusações de que a rede social é usada como ferramenta de vigilância do governo chinês.
Após a declaração de Pompeo, a rede social afirmou que dados de usuários dos EUA são armazenados em território americano com backup em Singapura. Ainda segundo a empresa, os demais data centers ficam fora da China e, portanto, não são sujeitos às leis do país. A companhia destaca a contratação de Kevin Mayer, que se tornou CEO da rede social em maio após se desligar da Disney.
“O TikTok é liderado por um CEO americano, com centenas de funcionários e principais líderes em segurança, proteção, produto e políticas públicas aqui nos EUA”, afirmou a empresa à CNBC. “Não temos prioridade maior do que promover uma experiência de aplicativo segura para nossos usuários. Nunca fornecemos dados de usuários ao governo chinês, nem o faríamos se solicitado”.
A decisão da Índia de bloquear serviços como o TikTok aconteceu semanas depois de um confronto do país com tropas chinesas que resultou na morte de ao menos 20 soldados indianos. Os dois governos mantêm uma longa disputa territorial que não havia envolvido troca de tiros por quatro décadas. A escalada de tensão levou um boicote indiano a produtos chineses e à decisão envolvendo os apps.
O TikTok também lida com a situação em Hong Kong, onde decidiu interromper as suas operações. A medida foi adotada após uma lei de segurança nacional aumentar a interferência da China continental sobre a região. O anúncio veio no sentido contrário ao tomado por Facebook, Google e Twitter, que prometeram não atender aos pedidos feitos pela China por informações de usuários.
Com informações: TechCrunch.
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