Uma ação civil pública pede que os Correios regularizem os serviços em Petrópolis, no Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal (MPF) alega que os consumidores da cidade estão sendo prejudicados desde 16 de março por atrasos nas entregas e pelo fechamento de agências da empresa. O órgão pede a adoção de medidas para normalizar a situação sob pena de multa diária de R$ 5 mil e pagamento de indenização de R$ 1 milhão.
O MPF afirma que as remessas PACs e Internacionais com destino a Petrópolis estão retidas no Centro de Tratamento de Encomendas (CET) no bairro de Benfica, no Rio de Janeiro. O órgão pede que encomendas expressas sejam remetidas a Petrópolis pelos Correios no prazo de um dia. Já as correspondências não urgentes devem ser enviadas à cidade em até cinco dias.
Ainda segundo o MPF, algumas encomendas enviadas por Sedex estão paradas no Centro de Entrega de Encomendas (CEE) em Petrópolis. Isso porque a empresa estaria operando com menos da metade de seus funcionários na cidade. A ação civil pública pede que as encomendas sejam entregues aos clientes em até dois dias. Para as não urgentes que já estão em Petrópolis, o prazo solicitado é de cinco dias.
A ação também defende que os Correios reabram suas unidades em Petrópolis e ofereçam os serviços postais regulares. O MPF pede ainda a contratação temporária por 30 dias de funcionários para as unidades operacionais no município e que a empresa apresente a relação das encomendas que estão retidas em Benfica e no CEE de Petrópolis.
Os Correios afirmam ao Tecnoblog que ainda não foram notificados oficialmente e que suas agências e centros de distribuição em Petrópolis já estão abertas para o público com a oferta de todos os serviços. A empresa afirma que o CEE recebeu o reforço de empregados terceirizados e de veículos.
“O país enfrenta uma pandemia, logo não há distinção entre serviços afetados: o que se constata é um quadro de desaceleração geral das atividades”, afirmam os Correios, em nota. “Ademais, o Rio de Janeiro figura entre os Estados mais acometidos pelo Coronavírus, demandando das autoridades medidas mais austeras para conter a disseminação do vírus”.
A empresa afirma que adotou o trabalho remoto para empregados que fazem parte do grupo de risco ou que moram com pessoas nessas condições e lembra que as encomendas aumentaram com a adoção de medidas de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus. A companhia afirma que, por isso, contratou quase 2 mil terceirizados, registrou mais de 7 mil horas extras de trabalho e alugou mais de 70 linhas de transporte de carga.
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