Linus Torvalds decidiu banir termos como blacklist e slave do código-fonte e da documentação do Linux em prol de uma terminologia mais inclusiva. O assunto tem gerado polêmica, mas a decisão de Torvalds não é isolada: várias empresas de tecnologia estão seguindo pelo mesmo caminho. A Apple está entre elas.
Nesta semana, a companhia divulgou uma nota em sua página para desenvolvedores dizendo que está removendo e trocando termos não inclusivos nos códigos de seu ecossistema. A medida afeta APIs, documentações, projetos de código-fonte aberto (como o WebKit) e o ambiente de desenvolvimento Xcode, por exemplo.
Terminologia não inclusiva deve ser entendida como um conjunto de palavras ou expressões que podem assumir conotação racista ou discriminatória.
Nesse sentido, termos como allowlist (lista de permissões) ou denylist (lista de bloqueios) devem, sempre que possível, entrar no lugar de whitelist (lista branca) e blacklist (lista negra), por exemplo. O mesmo vale para palavras como master (mestre) e slave (escravo).
De acordo com a companhia, a revisão de terminologia começou em 22 de junho com as documentações disponibilizadas na WWDC20 e, desde então, vem sendo expandida.
Com a medida, a Apple se junta a várias empresas de tecnologia que decidiram evitar o uso de termos potencialmente discriminatórios. Entre elas estão Twitter, Microsoft, GitHub e LinkedIn, além de desenvolvedores de projetos como Android, MySQL, PHPUnit, Curl e, como você já sabe, Linux.
Esse movimento existe há algum tempo, mas ganhou força após os numerosos protestos pela morte de George Floyd, nos Estados Unidos.
Com informações: 9to5Mac.
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