A União Europeia pretende evitar dores de cabeça com bloatwares (aqueles apps pré-instalados indesejados e não removíveis) em um futuro bem próximo. Esses softwares, geralmente adicionados ao sistema por uma operadora ou fabricante, deverão ser passíveis de exclusão caso a próxima Lei de Serviços Digitais (DSA) da UE seja aprovada, até o final de 2020.
O grande objetivo da DSA é combater o monopólio de grandes empresas de tecnologia, como Amazon, Apple e Google, e contempla outros diversos aspectos, como a coleta e o uso de dados de usuários para publicidade e outras finalidades.
Mas ela também deve esbarrar em fabricantes como a Xiaomi e a LG, que costumam instalar seus aplicativos alternativos aos do sistema do Google (com funções semelhantes) em smartphones, sem permitir sua remoção. A Samsung também costumava lotar a interface com aplicativos desnecessários até alguns anos atrás – mas até que a One UI está visualmente menos “poluída”.
Os bloatwares já foram bem mais incômodos, e hoje em dia é relativamente fácil desinstalar esses aplicativos se você tem um pouco de conhecimento sobre root. Também é possível removê-los sem root com auxílio de um computador com Windows – ou mesmo desativá-los, o que não resolve o problema com armazenamento cheio.
Com a nova lei da União Europeia, possivelmente será mais fácil desinstalar esses aplicativos a partir da própria interface do smartphone, o que é uma boa notícia para a maioria dos usuários comuns.
Por outro lado, as fabricantes e operadoras podem perder um espaço para “empurrar” seus serviços aos consumidores (a menos, é claro, que eles sejam realmente interessantes). Portanto, podemos prever resistência de algumas empresas em relação a esse aspecto antes que a lei entre em vigor.
Com informações: XDA Developers
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