A SpaceX, de Elon Musk, segue realizando missões para colocar satélites da rede Starlink em órbita. Quando plenamente em operação, eles deverão oferecer acesso à internet com taxas de download superiores a 1 Gb/s (gigabit por segundo). O lote mais recente, com 60 satélites, foi lançado nesta terça-feira (6).
Na verdade, a missão estava programada para meados do mês passado. Problemas técnicos levaram a SpaceX a adiar o lançamento para 28 de setembro, mas, na ocasião, nuvens espessas que pairavam sobre o Centro Espacial Kennedy (Flórida) impediram o procedimento.
O lançamento foi remarcado para 1º de outubro, mas, novamente, problemas técnicos surgiram. Finalmente, nesta terça-feira, o foguete Falcon 9 da missão pôde decolar para levar os 60 satélites ao espaço.
Com esse lançamento, a rede Starlink passa a contar com pelo menos 775 satélites. A função de todos eles é uma só: trabalhar em órbita baixa — as distâncias em relação à Terra variam entre 540 km e 570 km — para disponibilizar internet em regiões remotas, áreas atingidas por desastres, missões em alto-mar e assim por diante.
A parte mais interessante da missão de hoje é que, logo após o lançamento, o próprio Elon Musk anunciou no Twitter que o programa de beta público para teste do serviço de internet da Starlink poderá ser aberto em breve, começando pelo norte dos Estados Unidos e, possivelmente, o sul do Canadá.
Em algum momento, os testes também poderão ser realizados em outros países. Tudo dependerá das aprovações regulatórias, sinaliza Musk na mesma mensagem.
Além de questões regulatórias, outro fator que limita o programa de testes é o fato de que cada participante precisa ter acesso a uma espécie de antena parabólica de pequeno porte capaz de se manter alinhada automaticamente à posição dos satélites.
De todo modo, já há um programa beta em andamento, mas fechado e, portanto, limitado a um número bastante restrito de participantes. Apesar disso, os testes já alcançam resultados interessantes: em setembro, a companhia revelou que taxas de download superiores a 100 Mb/s (megabits por segundo) já são possíveis.
Como informado no início do texto, está nos planos da SpaceX oferecer taxas de download que alcançam 1 Gb/s. Ao mesmo tempo, a companhia quer manter a latência abaixo de 20 milissegundos.
Esses objetivos só serão alcançados quando a rede Starlink tiver um número mais expressivo de satélites em operação. A FCC, entidade americana equivalente à Anatel, autorizou a SpaceX a lançar cerca de 12 mil satélites. Metade desse total deverá estar em órbita no decorrer dos próximos cinco anos.
Com informações: Ars Technica.
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