As diferenças entre soro e vacina se evidenciam no objetivo pelo qual cada um é usado, pela forma como são produzidos e pelo tipo de imunização que oferecem: a ativa ou a passiva. Mesmo assim, ambos os compostos representam uma estratégia de defesa para os organismos nos quais são aplicados.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a vacina é um preparado que, ao ser aplicado no organismo, estimula uma reação do sistema imunológico.
Ou seja, o composto estimula o organismo a reconhecer o antígeno e produzir anticorpos (imunoglobulinas) específicos para combatê-lo. Dessa forma, a vacina é considerada uma forma de imunização ativa e sua aplicação tem finalidade preventiva.
O soro é considerado uma forma de imunização passiva. Pois oferece na sua composição os anticorpos necessários para combater a toxina ou o microrganismo causador de doença. A administração do soro é feita em casos urgentes, nos quais uma ação curativa com ação rápida é necessária.
Com a aplicação de uma vacina, dependendo da tecnologia empregada, são introduzidos microrganismos atenuados, inativados ou frações do agente infeccioso no organismo humano, para que ele produza os anticorpos.
No caso do soro, segundo o Instituto Butantan, a imunização é feita em cavalos para que os mamíferos de grande porte criem os anticorpos necessários. A partir do plasma sanguíneo extraído dos equinos, é produzido, em laboratório, o soro contendo frações de imunoglobulinas específicas e purificadas.
O instituto brasileiro produz numerosos tipos de soros contra toxinas de animais peçonhentos (cobras, aranhas, escorpiões, etc) e microrganismos a partir do plasma de cavalos que foram imunizados. Como exemplos há o soro antirrábico, contra o vírus rábico e o soro antibotrópico, para o tratamento de envenenamento por serpente do gênero Bothrops.
Entre os esforços de enfrentamento à Covid-19, destaca-se a corrida para a produção de vacinas e soros eficazes no combate ao Sars-CoV-2.
Segundo a Anvisa, quatro vacinas estão em fase de testes em território brasileiro, entre elas a Coronavac de origem chinesa e a Chadox1ncov-19, elaborada pela Universidade de Oxford em parceria com a empresa AstraZeneca.
Há também, em fases de estudo e testes, projetos de soro anticovid-19. Em desenvolvimento, há pesquisas do Instituto Butantan e do Instituto Vital Brazil — empresa do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo o Instituto Vital, a intenção é produzir um soro eficaz, a partir do plasma de cavalos, que poderá ser usado no tratamento de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 em estado grave.
Com informações de: Fiocruz, Instituto Butantan, Canal Butantan, Blog do Enem, RJ.GOV e Anvisa
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