O Banco Central promete evoluir seus sistema de pagamentos instantâneos para incluir recursos que vão muito além da TED e DOC: o Pix servirá para realizar saques de dinheiro em lojas, fazer compras via QR Code e usar cartões e celulares por aproximação (NFC). Além disso, será possível enviar dinheiro ao exterior até 2023 — mas isso depende de novas leis cambiais.
“A possibilidade de você fazer um Pix fora do Brasil está na agenda evolutiva do Pix, mas não para o ano que vem”, disse João Manoel Pinho de Mello, diretor de organização do sistema financeiro e de resolução do BC, em uma live nesta terça-feira (6). Ele estima que isso será lançado entre 2022 e 2023.
A internacionalização do Pix depende de uma atualização nas regras para operações de câmbio. No ano passado, o BC enviou ao Congresso o projeto de lei 5387/2019: a ideia é consolidar 40 leis cambiais, que somam mais de 400 artigos, em apenas um texto com cerca de 30 artigos. A legislação vigente sobre o assunto foi elaborada, em sua maioria, entre os anos 1920 e 50.
Roberto Campos Neto, presidente do BC, disse anteriormente que a nova lei ajudaria a tornar o real brasileiro uma moeda conversível, ou seja, uma forma de pagamento mais amplamente aceita como o dólar e o euro. Além disso, a proposta é de simplificar e agilizar o processamento de operações de câmbio.
Enquanto isso não vem, o BC prioriza outras áreas. No ano que vem, teremos os pagamentos instantâneos por aproximação, através de celulares e cartões compatíveis com NFC. Além disso, o Pix permitirá que transferências sejam feitas a partir de um QR Code gerado pelo próprio pagador.
No 1º semestre de 2021, o Pix poderá usado para saque de dinheiro em lojas e supermercados; será como se você estivesse fazendo uma compra. E, graças a um acordo de cooperação técnica com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), será possível pagar a conta de luz em qualquer horário e dia da semana.
“O Pix é uma plataforma multifuncional, vários modelos de negócios surgirão, modelos que ainda nem sabemos”, disse Mello.
Com informações: Mobile Time, Estadão.
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