São tantas as restrições comerciais impostas pelo governo dos Estados Unidos que não chega a ser surpresa: a Huawei acaba de divulgar os resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre de 2020; o documento aponta que, no acumulado do ano, o crescimento da companhia desacelerou.
No terceiro trimestre, a receita da Huawei fechou em 217,3 bilhões de iuanes, montante equivalente a US$ 32 bilhões. Trata-se de um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2019, quando a arrecadação ficou em 209,5 bilhões de iuanes.
Já a receita obtida de janeiro a setembro de 2020 ficou em 671,3 bilhões de iuanes (cerca de US$ 100 bilhões), aumento de 9,9% na comparação ano a ano — no mesmo período de 2019, a receita foi de 610,8 bilhões de iuanes.
Os números são interessantes, pois indicam que, apesar das sanções comerciais aplicadas pelos Estados Unidos, a Huawei tem mantido forte presença no mercado. Nesse sentido, vale mencionar que a margem de lucro líquido ficou em 8% nos nove primeiros meses do ano.
O problema é que a Huawei apresentou crescimento de arrecadação de 24,4% nos três primeiros trimestres de 2019 e lucro líquido de 8,7% no período. Se de 2020 para 2019 o crescimento de receita foi de 9,9%, fica visível que a companhia vem perdendo ritmo.
A COVID-19 tem uma parcela de culpa nesse cenário, mas não dá para dizer que a companhia não vem sendo afetada pelas sanções comerciais que a impedem, por exemplo, de lançar celulares com o ecossistema do Google ou com chips de fornecedores como Qualcomm, embora a empresa não cite especificamente esse problema em seu relatório.
Mas o pior ainda está por vir. Para este ano, a Huawei ainda contou com fornecimento de processadores em escala suficiente para executar um bom volume de produção de dispositivos. Mas, a partir de 2021, a produção de smartphones da marca deve cair consideravelmente.
Além disso, não são só os Estados Unidos que fecham o cerco contra a Huawei. Governos da Austrália, Reino Unido e vários outros países já se movimentam para impedir ou limitar a implementação de redes 5G com tecnologia da empresa.
Com informações: TechCrunch.
Surpreende que tenha crescido.
E é bem o que o texto diz, o pior ainda está por vir.
Vamos ver como serão os números da empresa nos próximos anos.
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