Não é só a Apple que está enfrentando a Epic Games nos tribunais. O Google também. Uma audiência para tratar do conflito foi marcada para a próxima quinta-feira (8), mas a companhia responsável pelo jogo Fortnite já partiu para o ataque: ela acusou novamente o Google de abusar de sua posição de monopólio no mercado de sistemas operacionais móveis.
Fortnite foi removido das duas maiores lojas de aplicativos do mundo: App Store e Google Play Store. Em ambos os casos, o problema tem relação com uma taxa de 30% que Apple e Google cobram sobre compras realizadas dentro de apps distribuídos pelos mencionados serviços.
Para a Epic Games, essa porcentagem é muito alta, opinião que é compartilhada com várias outras companhias. Não por acaso, a desenvolvedora se uniu a empresas como Spotify, Deezer e Tile em uma coalizão que questiona a taxa de 30% da App Store.
No que diz respeito ao Google, a Epic Games abriu um processo contra a companhia em agosto na tentativa de reverter o banimento de Fortnite na Play Store. Por sua vez, o Google vem tentando, desde o mês passado, fazer o caso ser arquivado.
Nesta semana, ambas as companhias tiveram que protocolar uma declaração para que o assunto possa ser tratado judicialmente na próxima quinta-feira. Em sua argumentação, a Epic Games reafirmou que o Google tira proveito do seu monopólio no mercado de sistemas operacionais móveis para manter o domínio da distribuição de aplicativos para Android.
Em complemento, a desenvolvedora declarou que o Google adota uma série de medidas para desencorajar downloads de aplicativos fora da Play Store e que Fortnite foi banido por concorrer com o sistema de faturamento da loja.
Já o Google rebate dizendo que não promoveu nenhuma retaliação à Epic Games e qualquer consequência em função do banimento de Fortnite é de responsabilidade da própria desenvolvedora.
Coincidência ou não, nesta semana, o Google endureceu as regras sobre compras feitas em aplicativos distribuídos via Play Store. Aos desenvolvedores contrários à taxa de 30%, a empresa explica que eles têm a opção de recorrer a outras lojas de aplicativos disponíveis para Android.
Com informações: Android Central.
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