O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou um chamamento público em setembro para recrutar empresas que queiram participar do projeto Eleições do Futuro: há 31 interessadas, incluindo a IBM, a operadora Claro e diversas startups focadas na tecnologia de blockchain. A ideia é que as próximas votações para políticos sejam online, inclusive através do celular.
Desde o dia 5 de outubro, a equipe do TSE vem fazendo reuniões por chamada de vídeo com as empresas interessadas. Elas poderão demonstrar suas propostas ao público em 15 de novembro, dia do 1º turno das eleições municipais.
Por enquanto, não se trata de uma votação real: os eleitores poderão escolher apenas entre candidatos fictícios. As demonstrações devem ocorrer nas cidades de Curitiba (PR), Valparaíso de Goiás (GO) e São Paulo (SP), sendo monitoradas pela Justiça Eleitoral.
Depois de conhecer as possibilidades, o TSE vai estudar a melhor estratégia para que o próximo pleito seja mais moderno e mais barato de implementar. As conclusões serão repassadas aos ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que conduzirão as próximas eleições presidenciais. Vale lembrar que a Positivo fornecerá 180 mil urnas eletrônicas para a votação de 2022.
Das empresas interessadas, as mais conhecidas são a Claro, a IBM e a Smartmatic; esta última ofereceu suporte técnico-operacional para as urnas eletrônicas do TSE nas eleições de 2012, 2014 e 2016.
Temos também companhias especializadas em certificação digital (Certisign, DigiSign), cibersegurança (Gold Lock), soluções de biometria (Vsoft) e TI em geral.
Chama atenção a quantidade de startups voltadas para blockchain, como GoLedger, OriginalMy, Sonda IT e Waves Enterprise. Isso faz sentido: a tecnologia, que surgiu no contexto do bitcoin, garante transações que não podem ser fraudadas por serem verificadas pelos participantes da rede.
Uma reportagem do UOL alega que a Amazon também demonstrou interesse, mas a empresa não é mencionada nos documentos públicos do TSE.
Esta é a lista das 31 interessadas, de acordo com o TSE:
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