A manipulação de componentes em escala atômica — ou a nanotecnologia — é um conceito de mais de meio século e que pode ser usado em diversos setores. A ciência da computação é um dos mais beneficiados por ela, graças às melhorias em processadores a cada ano que passa. O nanômetro é usado para as dimensões em escala atômica.
Nanotecnologia é o estudo e entendimento do controle e manipulação de materiais em escala nanométrica, trabalhando diretamente com átomos e moléculas. Ela é empregada em diversos setores, como Medicina, Eletrônica, Ciência de Materiais, Engenharia e Tecnologia da Informação, um dos mais beneficiados por ela.
As ideias e conceitos da nanotecnologia foram apresentados pela primeira vez pelo físico teórico Richard Feynman (1918-1998), um dos pioneiros da eletromecânica quântica. Em dezembro de 1959, na palestra “There’s Plenty of Room at the Bottom” (PDF), ele descreveu métodos em que cientistas seriam capazes de manipular átomos e moléculas para controla-los como quisessem.
O termo surgiu uma década depois, mas o início da nanotecnologia só se deu a partir de 1981, quando cientistas puderam pela primeira vez “ver” os átomos, usando um Microscópio de Varredura por Tunelamento (STM, ou Scanning Tunneling Microscopy).
Quando falamos de nanotecnologia, estamos falando de escalas MUITO pequenas.
Um nanômetro (nm) é uma unidade de medida de comprimento que equivale a 0,000000001 m ou para colocar por extenso, um bilionésimo de um metro. Ele é usado para medir distâncias em escala atômica e a nanotecnologia se baseia na habilidade de ver, manipular e controlar átomos (um de hélio, por exemplo, tem 0,1 nm de diâmetro), para diversos fins.
A principal aplicação é desenvolver novos materiais a nível atômico, mais estáveis ou mais versáteis do que os naturais (como o grafeno, por exemplo), ou manipular componentes realmente pequenos, para aumentar sua potência e eficiência.
De diversas formas. É utilizada no desenvolvimento de telas OLED, nas películas anti-reflexo e impermeabilizantes em telas de TVs e celulares e, claro, no desenvolvimento de novos processadores, cada vez com mais componentes integrados no mesmo espaço físico, para entregar uma maior potência a cada nova geração de chips.
Os processadores disponíveis no mercado hoje utilizam o nanômetro como uma unidade para indicar poder de processamento, mas como já dissemos lá no início, ele é uma unidade de medida de comprimento.
Assim, quando um fabricante disse que desenvolveu um chip num processo de sete nanômetros, o que ele quer dizer é que ele reduziu o espaço entre um componente do núcleo e outro, para sete nanômetros. Isso significa que com mais espaço livre, mais componentes podem ser inseridos no mesmo local. Dessa forma, a potência do processador se torna maior, sem que se aumente o tamanho do próprio processador.
Atualmente, a Intel está tentando lançar processadores para computadores com dez nanômetros, enquanto empresas como TSMC (que produz chips para iPhones), Samsung e ARM já trabalham com núcleos de sete nanômetros. A tendência é, para um futuro próximo, pularmos para cinco nanômetros, embora o limite físico seria, na teoria, um espaço equivalente a um átomo entre os componentes. As fabricantes, no entanto, teorizam o limite teórico mais provável como sendo de um nanômetro.
Entre outras aplicações no setor de Tecnologia, sensores nanoscópicos podem no futuro, serem incluídos em remédios para melhor monitorar a saúde de um paciente, ou até para terapias gênicas, e também podem ser empregados para melhor monitoramento de sistemas, estradas, construções e etc. As aplicações são diversas.
Ao mesmo tempo, é preciso que as empresas tomem medidas de segurança ao desenvolver novos produtos com a tecnologia, principalmente porque os elementos se comportam de forma diferente em escala nanométrica. Assim, um elemento inerte em modo natural pode acabar potencializado quando manipulado a nível atômico, o que poderia levar a diversos problemas sociais, de saúde pública e ambientais.
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