Mesmo após prometer uma revisão sobre o assunto, o Google deve realmente manter a mudança que limita a atividade de bloqueadores de anúncios no Chrome. Em fórum para desenvolvedores, um representante da empresa afirmou que a API usada para esconder propagandas será substituída.
A alteração entrará em vigor no Manifest V3, a nova versão da plataforma de extensões do Chrome que deverá começar a ser liberada nos próximos meses. Ela descontinuará recursos de bloqueio oferecidos atualmente pela API WebRequest no Manifest V2.
A API, que deixa extensões bloquearem conteúdos antes mesmo do carregamento, seguirá disponível, mas se tornará mais limitada. Os desenvolvedores que usam a WebRequest para seus bloqueadores de anúncios deverão fazer mudanças para eles continuarem funcionando.
Para contornar a mudança na WebRequest, uma saída será usar a API DeclarativeNetRequest, que, em tese, tem a mesma utilidade. No entanto, ela exige que extensões enviem uma espécie de lista de filtros de bloqueio para o Google.
Além da empresa aparecer como uma intermediária, a nova API define um limite para o tamanho dessa lista. Atualmente, as extensões do Chrome que usam a DeclarativeNetRequest podem definir até 30 mil regras na instalação e outras 5 mil dinâmicas.
Para se ter uma ideia, o EasyList, um conjunto de filtros usado por diversos bloqueadores, conta com 76 mil regras. O Google afirma que está estudando ampliar esse limite para ajudar os desenvolvedores.
“Estamos planejando elevar esses valores, mas não teremos números atualizados até que possamos executar testes de desempenho para encontrar um bom limite superior que funcione em todos os dispositivos suportados”, afirmou o representante da empresa, no fórum.
Em fevereiro, o Google indicou que a mudança para o Manifest V3 oferecerá mais privacidade para os usuários, dificultará a ação de extensões maliciosas e melhorará a performance do navegador. A nova plataforma, no entanto, deverá levar alguns meses para ser liberada e ainda mais tempo para chegar à maioria dos usuários.
Com informações: Google Groups, 9to5Google, Android Police.
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