A MediaTek colheu bons frutos no terceiro trimestre de 2020. A companhia taiwanesa ultrapassou a Qualcomm, fabricante de chips Snapdragon, se tornou líder no mercado global de celulares e teve crescimento na América Latina. Os números são parte de um levantamento da Counterpoint Research revelado nesta quinta-feira (24).
Os bons resultados fazem parte de três fatores, segundo o diretor de pesquisa Dale Gai. São eles o forte de desempenho no mercado de smartphones intermediários e em mercados emergentes, como a América Latina; o atrito entre a Huawei e os Estados Unidos; e o sucesso de fabricantes como Samsung, Xiaomi e Honor.
“A MediaTek também foi capaz de aproveitar a lacuna criada devido à proibição americana da Huawei”, disse Dale Gai. “Os chips MediaTek acessíveis fabricados pela TSMC se tornaram a primeira opção para muitos OEMs [fabricantes] preencherem rapidamente a lacuna deixada pela ausência da Huawei”.
A companhia taiwanesa abocanhou 31% do mercado, ultrapassando a Qualcomm, atualmente com 29%. “A participação dos chipsets MediaTek na Xiaomi aumentou mais de três vezes desde o mesmo período do ano passado”, afirmou Gai. Em 2019, as empresas tinha um market share de 26% e 31% do mercado, respectivamente.
A Samsung e a HiSilicon vêm nas colocações seguintes, ambas com 12%. Antes, a terceira colocação era posse da fabricante de celulares Samsung Galaxy e processadores Exynos, com uma fatia de 16% do mercado. A fabricante da Huawei, por sua vez, manteve a mesma faixa percentual do mesmo período do ano passado.
Apple e Unisoc vêm na sequência. A fabricante do iPhone cresceu um ponto percentual de um ano para o outro, subindo de 11% para 12%. A chinesa Unisoc, que produz chips para celulares como o Philco HIT P10 e o Positivo Q20, subiu de 3% para 4% no mundo.
A MediaTek também abriu uma larga vantagem na América Latina no terceiro trimestre. Ainda que não esteja na liderança, a fabricante taiwanesa cresceu de 19% para 41% entre 2019 e 2020. A Qualcomm vem em primeiro lugar, com 30%; antes, a empresa tinha 33% de participação.
A Samsung registrou uma queda expressiva no exercício, de 33% para 15%. A HiSilicon abocanhou 5% (era 7%), enquanto a Apple permanece com seus 3%.
Com informações: Counterpoint Research
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