Com a aceleração exponencial de toda a sociedade e seus funcionamentos, o estresse tornou-se o grande vilão a ser combatido. Em 2020, tivemos pandemia e isso não ajudou, o isolamento social nos colocou em situação de maior estresse. O Tecnoblog foi atrás de possíveis soluções contra o estresse, seja para combater ou amenizar o sofrimento dessa situação. Confira abaixo como a tecnologia pode ser uma aliada nessa luta.
Uma boa definição de estresse é: um estado que causa alterações químicas dentro do organismo, quando tenta adaptação em situações nas quais não está acostumado.
Qualquer situação diferente causa estresse. O problema é quando o estresse se torna prolongado, podendo gerar depressão e ansiedade, criando casos onde outras doenças aparecem.
O estresse causa alterações físicas, como mudança de comportamento, irritabilidade, falta de energia, esgotamento total e enfraquecimento do sistema imunológico. Os causadores do estresse são chamados agentes estressores e é preciso ficar atento.
Normalmente, estão relacionados a pressões no trabalho, obrigações familiares, problemas de saúde, depressão, ansiedade. Você não leu errado: depressão e ansiedade tanto podem ser criados pelo estresse, como serem agentes causadores.
O intenso fluxo de informações e demandas para lidar com tudo da melhor forma é outro motivo comum. Mas o nosso organismo tem limites. Quando somados a outras classes de agentes estressores, o corpo pode perder a capacidade de adaptação e gerar alertas intensos sobre o estresse, levando a exaustão física e mental generalizada.
Para muitos, a grande válvula de escape é estar com os amigos, família, as interações sociais como um todo. Com certeza, as interações sociais são uma excelente forma de combater o estresse. Para dificultar ainda mais o processo, o isolamento social levou as pessoas ao pico do estresse.
As interações sociais são uma excelente forma de combater o estresse, mas não são as únicas. Existem outros métodos para combater o estresse, o Tecnoblog buscou algumas como sugestão, cabe ao leitor testar e buscar a melhor forma para si.
É mais uma atividade, mas essa será somente do seu interesse. O hobby é uma atividade que tem tudo a ver com a própria pessoa. Algo que desperte sua alegria e felicidade pelo simples fato de fazer. Essa atividade levará ao encontro do que é mais importante para a pessoa.
“Uma válvula de escape, um lugar que você pare, volte para o seu centro, faça algo que te dê prazer e não gere ansiedade, o hobby cabe perfeitamente nisso”, diz Léo Lousada, do canal Conhecimentos da Humanidade, em entrevista ao Tecnoblog. Outros hobbies que podemos listar são:
Realmente, qualquer atividade que te dê prazer mental e não tenha as cargas de preocupações do dia a dia são consideradas um hobby.
Por mais que seja corrida a rotina de trabalho, permita-se fazer pequenas pausas a cada 2h, de pelo menos 15 minutos, em silêncio com os olhos fechados. A simples pausa dos afazeres e foco na respiração reduzem a velocidade do organismo, afirma a instrutora de Mindfullness, Regina Giannetti, em entrevista ao Tecnoblog.
Quando estamos em repouso acumulamos energia física. Essa energia somada às típicas dos ambientes estressantes aumentam a carga sobre a nossa mente.
Buscar queimar parte dessa energia, principalmente a física, nos trará a sensação de bem estar e equilíbrio, reduzindo a quantidade de carga que temos em nosso sistema. Exercícios moderados trazem boa saúde pro organismo, com o corpo mais forte e equilibrado ficamos menos suscetíveis ao acúmulo de estresse.
Em um mundo completamente conectado, criamos a ansiedade de querer saber o que está acontecendo em todos os lugares ao mesmo tempo. Para minimizar o problema, escolha apenas um telejornal, programa de rádio ou leitura noticiosa por dia. Essa simples ação diminuirá a quantidade de estímulos desnecessários na sua rotina.
É importante saber o que está acontecendo no mundo, mas de forma moderada. Se tudo que acontece ao redor do planeta for de extrema importância, a ponto de afetar o seu dia a dia, então valerá a pena gastar energia para se informar sobre o problema.
A pessoa está cheia de adrenalina no organismo pelo estresse, sobrecarregada com ansiedade, filmes que apresentem esse cenário não serão agradáveis. O nosso cérebro é uma espécie de esponja absorvendo estímulos externos.
Tudo que acontece externamente, captado pelos nossos sentidos, influencia consciente ou inconscientemente o nosso organismo.
“Temos que ser conscientes dos estímulos que a gente quer.” Léo Lousada
Ao ver situações em filmes de ação, onde personagens passam por momentos de estresse para superar os limites, quem estiver assistindo também terá sensações próximas a da personagem. Isso é empatia, colocar-se no lugar do outro.
Empatia é ótima, mas não nesse caso. Você terá sensações desnecessárias, pois não está em perigo como a personagem. Todos adoramos filmes de ação e aventura, mas escolha momentos oportunos para vê-los. Não é indicado se estiver precisando relaxar.
As dicas acima, dependem diretamente da vontade do estressado. Mesmo assim, algumas pessoas podem não conseguir, então buscamos outras alternativas em que o iniciante tenha ajuda para resolver o problema.
O estresse é fruto da interação com o ambiente, nossa audição não é diferente, só observarmos a quantidade de ruído que estamos expostos todos os dias. Podem ser o excesso de buzinas, sons repetitivos de obras, até barulho laboral, no caso dos metalúrgicos e profissionais da construção civil.
Excesso de reuniões e conversas estão nesse grupo — é só lembrar de como voltamos cansados após reuniões que decidem muitas coisas. Todos argumentam e estando com atenção focada ou difusa, todos os ruídos que somos exposta no dia, acarretam em uma carga de estresse.
O Spotify tem inúmeras playlists com sons agradáveis, sejam ruídos de chuva, que dão aquela sensação de sono, sons para meditação, com frequências de ruído branco (aquele da TV fora de sintonia) ou títulos consagrados de música clássica para relaxamento. “Eu sou fã de agregar essas técnicas com a tecnologia. A tecnologia é uma ferramenta e ela tá aí para a gente usar ao nosso favor”, relata Léo Lousada em entrevista para o Tecnoblog.
Canais no YouTube, playlists no Spotify e aplicativos de outras empresas auxiliam nessa questão da meditação. Não tenha preconceito, meditar é simplesmente ficar quieto e não se atentar ao fluxo de pensamentos que passam pela sua cabeça. Parece difícil no início, mas a prática deixa o corpo tranquilo e preparado para ações que pedem sua atenção.
Existem alguns tipos de meditação guiada, por exemplo os que visam o autoconhecimento. Essas técnicas servem para redescobrir um aspecto seu, para trabalhar e aperfeiçoar. Esses comandos e ordens vão fazer o praticante enfrentar seus defeitos, não tendo como objetivo o relaxamento, conta Léo Lousada.
Com a meditação guiada para relaxamento, a pessoa terá auxílio ao fazer as primeiras práticas. Pensamentos relaxantes são induzidos, para que no futuro, consiga se controlar a ponto de poder fazer sozinho. Essa técnica serve para o iniciante, que tem dificuldades de “ficar quieto”, começar a prática.
A prática do Mindfulness é manter o foco no que está acontecendo exatamente quando vivemos, sem alimentar lembranças do passado ou antecipar cenários do futuro que são os combustíveis para depressão e ansiedade, respectivamente.
Muitos livros já estão disponíveis sobre o assunto e o podcast Autoconsciente trata bastante do tema. Lembre-se, não basta apenas ler sobre o Mindfulness, é preciso colocar as iniciativas e exercícios em prática. Os resultados só serão percebidos após o início da jornada.
O canal Conhecimentos da Humanidade, tendo seu representante o publicitário Léo Lousada, pesquisa e aprofunda o estudo das culturas antigas e suas simbologias. Então, nada mais justo que deixá-lo explicar como essa cultura pode nos auxiliar no combate ao estresse.
Em entrevista ao Tecnoblog, Léo coloca o estresse como um aviso do nosso corpo, benéfico, que no caso de não existir, nos faria trabalhar até a morte, nos tornaria displicentes em situações de perigo, entre outras características.
“Para reconhecermos esses estados dentro do nosso corpo, nós precisamos de modelos.”
Nós pegamos esses modelos externos para explicar algo que está acontecendo dentro de nós, como sintomas. Os sintomas nada mais são que referências de acontecimentos externos que se tornam modelos para comparações e assim facilitam um diagnóstico.
Por isso ele defende o estudo dos arquétipos, que são modelos originais de onde tudo é criado. A humanidade sintetizou ao longo das eras esses arquétipos principais que são a base para todo o conhecimento posterior. Ao estudarmos todas as culturas humanas, em todas estará presente o “Deus da Guerra”.
Cada cultura coloca uma “roupa” sobre um determinado arquétipo, emprestando características humanas a eles. Por isso, existem diferentes percepções de como é aquele “Deus” específico para cada cultura, explica Léo.
Ares era o “Deus” da guerra para os gregos, ele era um guerreiro formidável, mas agressivo e violento. Então, podemos definir que o arquétipo dele era da agressividade no campo de batalha, completa.
Logo, podemos reconhecer aspectos de Ares no comportamento, dentro de nossos próprios campos de batalha como: família, trabalho, competições, de uma forma que agimos com agressividade ou violência. Por isso, os guerreiros gregos invocavam Ares antes de entrar na batalha, para acentuar aqueles aspectos no momento da guerra. Aquiles era devoto de Ares, justamente para se valer do arquétipo que o dava energia para as batalhas.
“A violência é a energia da guerra sem propósito, enquanto a agressividade é a energia com propósito.”
Para os gregos, esses “Deuses” surgiam como modelos de comportamento específicos, com seus pontos positivos e negativos. Observar as histórias de Ares na qual ele foi agressivo e deu certo, assim como levar em conta outras situações em que foi violento e tudo deu errado, explica Léo.
Então, acaba sendo um suporte de referência para entendermos o que está ao nosso redor, como agimos, inclusive combater o estresse, no caso do aspecto de guerra quando não estamos em situações em que seja necessário. Boas ferramentas para estudo dos arquétipos são:
Saindo um pouco da corrente filosófica que permeia os conceitos religiosos e mitológicos, o Tecnoblog procurou entender um pouco mais sobre o que é o Mindfulness e qual o motivo de ele ter crescido tanto nos últimos anos.
Para isso, entrevistamos a instrutora e coach de Mindfulness Regina Giannetti, que também é criadora do podcast Autoconsciente presente no Spotify.
“Hoje com 56 anos, em uma fase que podemos nos dedicar fortemente ao autoconhecimento, após uma carreira inteira no jornalismo, me dedico a ser facilitadora de um programa de autogerenciamento baseado em Mindfulness.”
O Mindfulness é uma abordagem da meditação, porém com um viés mais científico e psicológico. Tem uma grande fundamentação nos estudos da neurociência. O equilíbrio, bem estar, qualidade de vida são os principais pilares daqueles que buscam aprender e praticar o Mindfulness.
“Meu primeiro contato com Mindfulness foi no ano em que eu surtei.”
Em 2013, fez um curso online, com os principais autores da bibliografia de inteligência emocional. Um dos pilares do curso era Mindfulness, Regina não fazia a menor ideia do que era aquilo. Com sua curiosidade atiçada, começou a procurar, estudar e fazer cursos sobre o termo desconhecido, até o momento.
A princípio, Regina viu o Mindfulness como exercícios de focalização, que estimulam o cérebro a produzir melhor, mexem com córtex pré-frontal, que tem como função as tomadas de decisões, como se fosse o CEO do cérebro humano.
“Como se tratam de exercícios, as experiências que você tem como praticante, os efeitos da prática é que trazem algum benefício, realmente, para a sua vida.”
O Mindfulness é a prática que leva ao “presente”, tomar consciência do que está acontecendo ao seu redor, retirando ações automáticas que muitas vezes tomamos para otimizar o nosso tempo tão escasso. Uma ferramenta para que possamos ter algum domínio sobre aquilo que se passa em nossa cabeça.
Regina é criadora do podcast Autoconsciente, presente no Spotify. O podcast fala sobre essas questões da vida que tiram o nosso norte e como, com a ajuda do Mindfulness, podemos enfrentar de uma melhor forma essas situações do estresse cotidiano.
Seja qual for o método escolhido, saiba que existem diversas formas de combater o estresse, a situação prolongada pode causar diversas doenças. Muitas vezes, nos sentimos assim por tentarmos seguir um script de nossa vida que não foi feito por nós. Saiba que a saúde e a forma em que vivemos, dependem somente de nós mesmos, tome o controle de sua vida. Como diria a Regina Giannetti: “que você fique bem”.
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