sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Vale a pena desbloquear um Nintendo Switch? | Jogos | Tecnoblog

Para ser realista: manter um Nintendo Switch, especialmente no Brasil, custa muito dinheiro. Os jogos, vendidos a 60 dólares nos Estados Unidos, já beiram os R$ 299 na eShop daqui. Uma alternativa para proprietários do console da marca seria instalar um software não autorizado para expandir as funções do aparelho, mas isso pode custar ainda mais caro. No fim das contas, vale a pena desbloquear um Nintendo Switch?

Nintendo Switch (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O principal atrativo do desbloqueio, também conhecido como hacking ou modding, é o acesso a mais jogos no Switch. Títulos da Nintendo vendidos a US$ 60 nos Estados Unidos, aqui chegaram custando R$ 250 na eShop. Com a desvalorização da moeda e o reajuste na loja, essa conversão chegou a R$ 299.

Quem compra um Switch no Brasil precisa investir muito dinheiro para aproveitá-lo, principalmente em relação aos games exclusivos da Nintendo. Desbloquear o console abre algumas janelas para instalar jogos de outras fontes, especialmente da pirataria.

No console padrão, a eShop é a única maneira de instalar jogos no Switch. Com um software não autorizado, há como baixar games de fontes externas, inclusive emuladores para gerações anteriores como Game Boy Advance, 3DS ou mesmo do PlayStation.

Há várias versões de softwares alternativos ao Switch, desde Androids até a distribuição Ubuntu do Linux, o que todos têm em comum é a liberdade do usuário tem instalar mods. A exemplo: não há um app da Netflix ou Prime Video na eShop, usar um navegador integrado é uma das possibilidades para acessar os streamings.

Esses hacks para o Switch também possibilitam o acesso a arquivos de jogos originais, da própria Nintendo. Com a mão nesses arquivos e conhecimento em programação, usuários podem modificá-los para ativar trapaças ou descobrir segredos da gameplay que podem influenciar a experiência do jogador.

Switch rodando Android (Imagem: Reprodução/XDA Developers)

O outro lado da moeda é objetivo: o proprietário pode perder o console, transformá-lo em um peso de papel. Isso porque o processo para instalar um firmware não autorizado pela Nintendo consiste usar ferramentas para acessar uma brecha de hardware, o processador.

O Nintendo Switch pode simplesmente quebrar durante o processo, mesmo se o usuário realizar todos os procedimentos com cautela — a chance é rara, mas está lá. É uma péssima ideia tentar desbloqueá-lo se não souber o que está fazendo, pior ainda se for o principal console.

O desenvolvimento de softwares não autorizados para o Switch é feito, geralmente, por um grupo de pessoas que se juntam à causa com boas intenções, de entregar o que o console pode oferecer. No entanto, vale lembrar que também há usuários mal-intencionados nesse meio, que podem desenvolver um software malicioso a fim de roubar dados sensíveis ou prejudicar de vez o usuário.

Ainda que a eShop continue disponível e o acesso aos jogos originais seja feito, a Nintendo, ao descobrir que um console está rodando um software não autorizado, pode banir tanto o Switch de continuar acessando os recursos online (eShop e Nintendo Switch Online) quanto a conta do jogador, o que implica na perda dos jogos legitimamente comprados.

A pirataria de jogos é crime e sempre é desencorajada, reafirmamos isso aqui. Sem falar na possibilidade de instalar um malware com a ROM (versão do game para o emulador).

Nem preciso dizer também que um Nintendo Switch desbloqueado perde todo o suporte da empresa, desde reparos no Joy-Con, em caso de drift, até com compras na eShop ou atendimento ao cliente. Uma vez que o sistema operacional do console é alterado, o usuário fica à deriva, agindo por sua conta e risco.

Nintendo Switch (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Não.

Mesmo que o desbloqueio seja feito com sucesso, sem danificar o Switch, o proprietário fica na incerteza se terá ou não o console e conta banidos pela Nintendo, com risco de perder o restante da coleção e progresso conquistados com o tempo.

Por mais que os jogos sejam caros, é um fator a se considerar antes de comprar o console. Outras plataformas podem oferecer opções mais acessíveis — como o Xbox e o Game Pass —, mas recorrer a pirataria nunca deve ser uma saída. Além disso, o Switch não tem trava de região, isso permite buscar ofertas em outras lojas, para pagar mais barato no jogo.

A vulnerabilidade do processador Tegra X2 já foi corrigida, só os Switches que saíram da fábrica antes de julho de 2018 ainda podiam ser alterados com outra versão de firmware; os vendidos depois desse período já não são compatíveis com os hacks.

Com informações: How to Geek, iMore.

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