A Jaybird, empresa da Logitech, é muito popular entre o público esportista por oferecer fones de ouvido ideais para atividades físicas. Enquanto os antecessores desapontaram devido ao desempenho fraco com latência alta, o Jaybird Vista promete boas melhorias: mais bateria garantindo seis horas de reprodução, resistência à água e um aplicativo completo.
Mas esse não é um True Wireless baratinho, atualmente ele é encontrado por cerca de R$ 1.300 e chega próximo dos R$ 2.000 em algumas lojas online. Compensa desembolsar tudo isso? Ele vai atender as necessidades daquele consumidor que tem uma vida mais agitada? E quem não pratica esportes? O Jaybird Vista foi o meu companheiro nas últimas semanas e conto toda a experiência de uso nesta análise completa.
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Nenhuma empresa, fabricante ou loja pagou ao Tecnoblog para produzir este conteúdo. Nossos reviews não são revisados nem aprovados por agentes externos. O Jaybird Vista foi fornecido pela Jaybird por doação. O produto será usado em conteúdos futuros e não será devolvido à empresa.
Comecemos pelo design que é semelhante ao Jaybird Run com cantos arredondados e “barbatana” na ponteira para um encaixe mais firme. Eu, sinceramente, não gosto dessas alças, pois elas machucam muito a minha orelha. Felizmente, a Jaybird envia outras ponteiras na caixa e há um par sem essa barbatana que ficou mais confortável no meu caso.
Para o Tecnoblog, a empresa enviou o Vista preto e outras duas cores estão disponíveis: cinza, quase puxando para branco, e verde-escuro. Todas elas são muito bonitas, mas eu gosto mais da versão escurecida por ser mais discreta.
Os fones são bem leves, com um material em plástico resistente e as ponteiras também seguem com essa firmeza, favorecendo a durabilidade. Aliás, como o gadget foi projetado para atletas, a certificação IPX7 está presente e isso significa que o produto é resistente à água e ao suor.
Eles são intra-auriculares e ficam bem embutidos no canal auditivo. Eu fiz alguns testes intensos de corrida e o Jaybird Vista ficou firme, sem apresentar risco de cair. O único incômodo, porém, fica para aquele momento em que você precisa mudar de faixa, pois os fones têm botão físico e o usuário precisa pressionar para dentro, nesse momento.
O case tem tampa magnética e traz um acabamento emborrachado por fora e interior em plástico esverdeado. Ele é compacto e tem um cordão que contribui para o transporte. Uma porta USB-C está na frente no estojo junto de um LED da bateria.
Os fones podem ser controlados através do aplicativo Jaybird, disponível para Android e iPhone (iOS). Por meio dele, você consegue verificar o nível de bateria, ativar o recurso de localização e até usar o equalizador para ajustar as frequências. No menu “predefinições”, há dez modos disponíveis da própria empresa, mas o usuário, se quiser, pode ajustar como preferir. Além disso, existem outros criados por usuários de Jaybird no menu “descobrir” lá no app.
Essa possibilidade de personalizar os fones é muito positiva, além de ser um diferencial importante. Por exemplo, eu gostei da opção de configurar os botões do gadget para acionar assistentes virtuais, como a Siri. Ainda é possível controlar o volume pressionando os botões, eliminando a necessidade de pegar o celular durante uma corrida.
Todo o sistema de conectividade é decente. Ele trabalha com Bluetooth 5.0 e, durante o período de testes, não houve falhas de conexão e eles são emparelhados rapidamente. Eu também não notei latência durante o consumo de mídia e a experiência ao assistir vídeos foi satisfatória, o mesmo vale para jogos mobile.
Por fim, em recursos e conectividades, senti falta de configurações de cancelamento de ruído no aplicativo da Jaybird. E por falar nisso, eles apresentam uma qualidade interessante em chamadas telefônicas, porém os fones não funcionam de forma eficiente em locais com muita poluição sonora.
Sem ajustes, o som do Jaybird Vista não me encantou, mas isso não significa que ele não dará conta do recado. A situação melhorou bastante com o equalizador. Os fones são altos e pude perceber que os graves só ficam marcantes ao elevar o volume e, nessa circunstância, a distorção pode surgir. Os médios são muito precisos e é evidente que o Jaybird Vista valoriza essa frequência. Por outro lado, senti os agudos mais enfraquecidos parecendo abafados.
Isso aconteceu com a música Lights, da cantora Ellie Goulding, que tem voz doce e aguda. No rock, a música A Sua Maneira, do Capital Inicial, soa muito bem com vocal nítido e é possível escutar com clareza os instrumentos, mas eles podem estourar em partes mais intensas da canção.
Em Golden, de Harry Styles, você ouve bem o bumbo da bateria no início e o médio-graves domina em quase toda a música, mas não estraga a experiência. Senti que a voz do cantor conflita com os outros instrumentos no refrão, porém esse desequilíbrio melhorou consideravelmente quando ativei o modo “assinatura” no aplicativo.
Com relação à autonomia, a empresa promete até seis horas de reprodução e mais dez horas com o estojo de carregamento. Além disso, uma carga rápida de cinco minutos garante mais uma hora de bateria para continuar ouvindo músicas e podcasts. Posso dizer que o gadget cumpre o combinado: eu ouvi música o dia inteiro com o volume em 45% e os fones aguentaram 6h15min antes de desligar.
Embora seja um produto nichado, eu acredito que Jaybird Vista vai atender facilmente outros públicos, incluindo aqueles que não praticam esporte. Tanto o fone como o case contam com um material de qualidade, um acabamento bem feito e o melhor: eles são resistentes, características essenciais para o público esportista. A qualidade sonora me agrada, porém não deve animar todo mundo, por isso recomendo usar o aplicativo para deixar ao seu gosto.
A conectividade também é precisa, sem falhas ou latência que prejudicam o consumo de vídeos. A duração da bateria é boa e com o case é possível obter mais 10 horas de reprodução, totalizando 16 horas de muito som. Excelente, não é?
Creio que o grande ponto negativo aqui seja o preço. Este é um fone de qualidade e a Jaybird cobra caro por isso. Se você pratica atividades físicas regularmente, sim, vale a pena apostar no Vista. Se o orçamento estiver apertado, a JBL, por exemplo, tem opções um pouco mais acessíveis, o Endurance PEAK é um exemplo.
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