Muitos smart speakers foram atualizados em 2020 e a Amazon, que já está bem consolidada nesse segmento, resolveu por fazer mudanças radicais em seu produto de sucesso. O novo Amazon Echo de 4ª geração foi lançado no Brasil em setembro e traz alguns recursos encontrados no Echo Plus, além de um novo design esférico bem bonito.
Custando R$ 749, o Echo agora só fica atrás do Echo Studio, entre os modelos mais potentes da Amazon. Mas será que vale desembolsar tudo isso? Consigo ter a mesma experiência de uso ao adquirir o Echo Dot 4, que é mais acessível? Eu testei o novo gadget da Amazon nos últimos dias e compartilho todos os detalhes nos próximos minutos.
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Nenhuma empresa, fabricante ou loja pagou ao Tecnoblog para produzir este conteúdo. Nossos reviews não são revisados nem aprovados por agentes externos. O Echo (4ª geração) foi fornecido pela Amazon por doação. O produto será usado em conteúdos futuros e não será devolvido à empresa.
Em primeiro lugar, o novo Amazon Echo é uma caixa de som grande, ele tem o mesmo formato do Echo Dot, porém é ligeiramente maior. Isso também significa que o produto não é nada discreto e, ao reproduzir uma música ou podcast, essa presença fica ainda mais evidente, mas falaremos melhor sobre isso adiante.
O dispositivo virou uma bolinha grande toda trabalhada em tecido reciclado e plástico nas extremidades. Esse visual logo me fez lembrar do novo HomePod Mini, da Apple, que é muito bonito e traz esse formato circular. O anel de luz agora está na parte inferior e a iluminação reflete bem na superfície, e fica ainda mais bonita em ambientes escuros. Porém, novamente tive dificuldades para enxergar o nível de volume através do LED que é 360, situação que também me incomodou no Echo Dot 4.
A Amazon até poderia entregar um som 360 graus com esse novo formato, mas a empresa resolveu não seguir por esse caminho, infelizmente. Se você leva isso em consideração, o Echo Studio acaba sendo a melhor opção, nesse caso.
Eu acredito que você não vai usar isso, mas o novo Amazon Echo tem um furo rosqueado, igual de câmeras, na parte de baixo, que permite fixar o smart speaker em locais muito específicos. E, sim, é possível colocar ele em um tripé — achei bem curioso.
O device conta com os mesmos controles já conhecidos: estão na parte mais elevada os botões de ativação da Alexa, o de privacidade e os de volume. Na traseira, você encontra a saída ou entrada de áudio de 3,5 mm e a porta de carga; a Amazon envia uma fonte de 30 watts na caixa.
A Alexa é o cérebro deste gadget e, como eu disse na análise do Echo Dot de 4ª geração, a assistente virtual é assertiva na maioria das vezes, além de já conhecer bem o Brasil. O aplicativo dedicado permite configurar o dispositivo, reproduzir músicas e instalar skills para ampliar a atuação da assistente no cotidiano.
Mas o grande destaque deste Echo, além do som que já irei abordar, é a sua proposta de ser um hub doméstico, capaz de controlar qualquer gadget de casa inteligente. Como ele trabalha com tecnologia Zigbee, você pode usar o Amazon Echo para configurar e comandar sensores de portas e janelas, lâmpadas inteligentes, fechaduras, cafeteiras e outros eletrônicos.
Para avaliar a tecnologia com o Echo, a Amazon nos cedeu uma lâmpada Philips Hue. E, de fato, a integração é muito eficiente, isso porque eu consegui fazer a lâmpada e o Echo conversarem em poucos minutos, quase segundos. Você nem precisa instalar o aplicativo oficial da marca para isso, para efeito de comparação, o processo com a lâmpada da Positivo é bem mais demorado. Mas o problema é que a Philips cobra um absurdo por esse produto, mas esse é um detalhe que podemos discutir em outra ocasião.
Vamos agora ao que realmente interessa. Sem dúvidas, a qualidade sonora do Amazon Echo de 4ª geração é consideravelmente superior em relação aos modelos mais básicos de entrada. O que mais me chamou a atenção foi a presença do grave, algo bem diferente do Echo Dot que não trabalha bem com essa frequência.
O novo design permitiu upgrades. Internamente temos dois tweeters de 0,8 polegada cada e um woofer de 3 polegadas, portanto, na prática, o device oferece um som de presença. Além disso, ele traz processamento Dolby Audio, assim como o Echo Studio. O som é muito alto, mas as distorções podem surgir quando o volume está no máximo.
Ouvindo música ou podcast, o produto se mostrou muito eficiente durante os testes e provou ser interessante para deixar ligado enquanto você trabalha, por exemplo. Por outro lado, eu poderia criticar a ausência de um áudio 360, porém isso não pesou na prática, já que consegui ouvir tudo o que era executado sem dificuldades.
Eu instalei o Echo num quarto pequeno sem outros dispositivos de áudio próximos. Os microfones funcionaram bem na maioria das vezes, mas a Alexa demorou a responder apenas quando eu deixava uma música tocando com o volume no máximo. Em alguns momentos ela atendia sem eu gritar, em outras situações, eu tinha que elevar a voz.
O Echo de 4ª geração é um produto versátil e, ao mesmo tempo, muito direto. Se você busca por um smart speaker da Amazon com som mais potente, este é modelo ideal, caso não queira ou não possa pagar mais de R$ 1 mil no Echo Studio, é claro. Assim como os demais da família, o Echo entrega um novo formato que favorece a ampliação do som, skills úteis e Alexa como uma assistente quase que completa.
A tecnologia Zigbee para casa conectada entra como um dos principais diferenciais, então se você aposta na inovação, não deixe de considerar o Amazon Echo.
O novo visual é bonito, mas você pode ter alguma dificuldade para instalar o produto, tendo em vista que ele é grande, pesado e pode não ficar bem em qualquer lugar, caso você seja um consumidor bem detalhista em decorações. Esse design também atrapalha visualizar a intensidade do volume pelo anel de luz, um detalhe que me incomodou bastante.
Eu só indicaria este modelo para pessoas que realmente buscam por mais som, pois para o consumidor básico, o popular Echo Dot, que custa bem menos, continua fazendo um bom trabalho.
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