terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Do cartão digital ao Pix: a evolução dos meios de pagamento na última década | Internet | TechTudo

Por Paulo Alves, para o TechTudo

A popularização dos celulares smartphone e a crescente digitalização dos negócios revolucionou o mundo das finanças e dos meios de pagamento nos últimos 10 anos. Nesse período, surgiram tecnologias como pagamentos instantâneos e por aproximação, carteiras digitais, o Bitcoin e outras moedas digitais. Veja tudo o que mudou nessa área em uma década.

LEIA: Seis coisas que você não deve fazer ao usar o Pix

O TechTudo comemora 10 anos em dezembro de 2020! Desde o seu surgimento, em 2010, o site vem descomplicando a tecnologia para você e assim se consolidou como o maior portal de technology news do Brasil, segundo a Comscore. Para comemorar a data, o site lança uma série especial para relembrarmos como a tecnologia evoluiu nesse tempo. E conte com o TT para descobrirmos juntos o que nos aguarda pelos próximos anos!

Relembre a evolução dos meios de pagamento na última década — Foto: Wanezza Soares/C6 Bank

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Cartão virtual

Cartão virtual pode ser cancelado a qualquer tempo; numeração do cartão de crédito físico continua valendo — Foto: Barbara Mannara/TechTudo

Embora o pagamento com cartão de crédito não seja uma novidade, o uso de cartões virtuais vêm se popularizando entre os consumidores. O cartão virtual consiste em um número de cartão de crédito e código de segurança gerados temporariamente, e que podem ser solicitados à instituição bancária do usuário que ofereça o serviço. A maior vantagem dessa forma de pagamento é a segurança em transações realizadas em sites ou via telefone. Assim, o número pode ser cancelado logo após o pagamento e evita problemas causados por um eventual vazamento de dados.

Um levantamento do Nubank realizado recentemente revela que o cartão virtual vem sendo a solução mais usada por brasileiros. Uma das vantagens está em compras online, por exemplo. Ao utilizar um cartão virtual, o usuário não precisa expor o número real do cartão a uma loja online qualquer. Além disso, as opções de pedir estorno e utilizar outros serviços do cartão tradicional também são permitidas.

Carteiras digitais

As carteiras digitais tornam o processo de compra mais simples e rápido. Isso porque a tecnologia permite ao usuário vincular cartões de crédito ou débito em uma conta virtual, que pode ser utilizada em pagamentos online. Alguns exemplos de uso das carteiras são em pagamento de boletos ou na efetuação de recargas.

A expansão de serviços como PicPay, por exemplo, possibilitou que beneficiários do auxílio emergencial utilizem a carteira para armazenar o cartão de débito virtual da Caixa Econômica Federal. Desse modo, é possível fazer saques e transferências dos valores do auxílio sem custos para os usuários. Há dez anos, essa alternativa era impensável.

É possível receber pelo PicPay realizando vendas pagas com QR Code — Foto: Luana Antunes/TechTudo

Cashback

As plataformas de cashback ganharam popularidade nos últimos anos. Essas empresas permitem que o cliente efetue pagamentos e receba parte do dinheiro de volta. No entanto, essa quantia pode ser despendida apenas em compras que também utilizem o cashback. O método funciona como um programa de fidelidade, já que estimula o usuário a usá-lo cada vez que adquirir um produto ou fazer pagamentos online, por exemplo.

O sistema de recompensas é o que garante a expansão de usuários do serviço. Assim, em vez de usar diretamente o cartão e crédito na hora do pagamento, o usuário pode optar pelo cadastro em plataformas e aplicativos de cashback em busca do reembolso de parte do gasto. Alguns exemplos de plataformas no país são a Méliuz, que conta com mais de dez milhões de cadastros, o PicPay e a Ame Digital.

Méliuz é especialista em cashback no mercado — Foto: Divulgação/ Méliuz

NFC e pagamento por aproximação

Na mesma linha das carteiras virtuais, o pagamento por aproximação via NFC (tecnologia de comunicação sem fio) surgiu na busca de oferecer maior comodidade ao usuário na hora do pagamento presencial. A tecnologia permite trocar informações de forma segura entre dispositivos sem fio, com a condição de que os aparelhos estejam próximos o suficiente para efetuar a transação.

Conectividade NFC permite realizar pagamentos por aproximação — Foto: Divulgação/Motorola

O número de aparelhos eletrônicos que suportam a NFC vem aumentando, e a maioria dos novos celulares, smartwatches e até mesmo cartões e pulseiras que trazem o chip compatível já podem efetuar o pagamento por aproximação. A solução avançou principalmente durante a pandemia por reduzir o contato entre consumidores e superfícies de estabelecimentos. O uso desse método dispensa até a digitação da senha do cartão de crédito ou débito.

A tecnologia está presente no Brasil em cartões e nos celulares compatíveis com Apple Pay, Google Pay ou Samsung Pay. No entanto, o NFC acaba por ser mais popular em outros usos, como nos leitores de ponto de empresas e cartões de transporte público.

Pix

Com menos de um mês de implementação, o Pix é uma importante evolução nos meios de pagamentos no país. O novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central permite realizar transferências a qualquer hora do dia, de forma gratuita. No entanto, no caso de pessoas físicas, há um limite de até 30 operações por mês.

De acordo com o BC, diferentemente do TED e do DOC, o Pix custa menos para as instituições bancárias e fintechs (startups financeiras), o que permite a realização de operações sem custos para os usuários. As transações também são mais rápidas, com liquidação em até 10 segundos, em todos os dias do ano, sem restrição de horários. Outra vantagem do sistema é a possibilidade de uso de chaves para transferências, o que possibilita realizar as operações por meio de CPF, números de telefone e e-mails.

Pix barateia transferências e funciona a qualquer hora do dia — Foto: Helito Beggiora/TechTudo

Apesar de recente, a tecnologia promete facilitar os processos de transferência, além de oferecer custo zero em até 30 transações por mês. O Pix também deve estimular a competição entre instituições bancárias e fintechs, o que traz benefícios para o consumidor.

Open Banking

O Banco Central já iniciou o processo de regulamentação do Open Banking, que está previsto para outubro de 2021 . O conceito oferece ao consumidor o controle sobre a destinação dos seus dados financeiros e bancários. Quando a inovação estiver implementada, espera-se, por exemplo, que seja possível abrir uma conta usando um cadastro já existente em outra instituição. Além disso, o bom histórico de crédito com um banco, por exemplo, poderá ser usado para obter empréstimo e aumentar os limites de uma conta aberta recentemente em uma fintech ou outra instituição bancária.

Open Banking pode abrir mais possibilidades de empréstimos em fintechs — Foto: Divulgação / Nubank

A novidade tende a reduzir a importância do tempo de permanência de um cliente com um determinado banco, facilitando o trânsito do consumidor entre diferentes instituições sem o receio de perder um grande limite de crédito alcançado após anos de relacionamento. A expectativa é que a concorrência no setor, que já é incentivada pela chegada do Pix, se torne ainda maior, o que traz benefícios para os clientes.

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Bitcoin e moedas virtuais

Além da Bitcoin, diversas fintechs surgem no Brasil utilizam outras criptomoedas para trocas do dia a dia. Carteiras digitais como as oferecidas pelas startups Alterbank e Zro Bank, além da exchange (empresa de negociação de moedas digitais) NovaDAX, permitem recarregar o saldo com diversas criptomoedas e fazer gastos no comércio local com conversão imediata de cripto para reais.

O segmento ainda promete inovações que vão além das contas de pagamento com criptomoedas. Em 2020, surgiu o fenômeno das Finanças Descentralizadas, ou DeFi, que utilizam contratos inteligentes para estipular os termos de serviços financeiros tradicionais, como empréstimos.

Exchange de criptomoedas tem conta digital gratuita — Foto: Clara Fabro/TechTudo

Atualmente, já é possível emprestar uma quantia de dinheiro para outra pessoa utilizando criptomoedas como garantia. Por outro lado, quem tem criptomoedas sobrando pode receber juros sobre o dinheiro emprestado. Esse segmento foi valorizado em 2020, com ganhos na casa dos 1.000%. O mercado ainda se mostra inseguro para iniciantes, mas passa por um momento de crescimento e pode deslanchar a partir de 2021.

Via Méliuz

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