A Oi demitiu 132 profissionais nesta semana, incluindo funcionários e executivos: isso gerou críticas de sindicatos, que alegam que os desligamentos são injustificáveis e violam um acordo trabalhista feito anteriormente. A operadora diz que isso faz parte de seu plano estratégico; ela colocou a divisão de telefonia móvel à venda, e vem se dedicando a expandir sua rede de internet por fibra óptica.
Segundo a Oi, os desligamentos eram previstos por conta de “mudanças na estrutura, otimização de processos, readequação de áreas e simplificação de tomada de decisão em todos os níveis”, e que tudo isso faz parte do plano estratégico da empresa. A empresa passa por um processo de recuperação judicial e concentrou o foco na construção da rede de fibra.
A mudança para a fibra, por sinal, é outra justificativa da operadora: ela alega que a substituição da infraestrutura exige “ajustes e adequação das equipes de forma a refletir essa nova dinâmica e atender aos perfis técnicos necessários para o atual momento do mercado de telecomunicações”.
Do outro lado, os sindicatos alegam que as demissões são injustificáveis. A Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações) afirma que a Oi fechou acordos trabalhistas prevendo redução de jornada e salário, além de home office, em troca de manutenção dos empregos durante a pandemia; as demissões descumpririam esse consenso.
A federação orienta aos sindicatos estaduais que não homologuem as demissões, que denunciem os desligamentos ao Ministério Público do Trabalho, e que promovam ações judiciais com pedido de liminar.
A rede de cobre da Oi está desatualizada para as demandas atuais, por isso seu foco é se tornar uma operadora de fibra. A empresa interrompeu a venda de planos entregues com cabos metálicos (ADSL e VDSL), concentrando novas adesões apenas nas áreas com cobertura FTTH (fibra até a casa do cliente).
Além disso, a Oi Móvel foi colocada a venda, e conta com interessadas a Vivo, TIM e Claro. Uma possível aquisição poderia gerar maior redução no quadro de funcionários, devido à sobreposição em cargos e funções.
Com informações: TeleSíntese.
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