No segundo trimestre deste ano o Brasil registrou queda de 32,3% na venda de tablets. O número vem de uma pesquisa da IDC, que representa a maior retração da presença deste tipo de gadget nas vendas do mercado desde 2016, além de aumento de mais de 10% na queda já registrada no mesmo período de 2019.
Mesmo que em grande número, a queda não chega a assustar tanto quanto a diminuição de 35% registrada no mesmo trimestre de 2015. O problema, segundo Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado da IDC Brasil, é que desde então este período do ano é conhecido por acentuar os números negativos dos tablets, com raras exceções de positivos.
O período de quarentena ajudou nas vendas do primeiro trimestre, mas não seguiram com alívio para o restante do ano. “A volta às aulas, em janeiro, e o início da quarentena e das aulas à distância, em março, aumentaram as vendas, mas o consumo não se manteve nos meses seguintes e o ritmo de queda deve continuar”, comenta o executivo.
Outro ponto abordado pela pesquisa é a alta no preço médio dos tablets, com ticket médio em R$ 971,56 no Brasil e o principal culpado não é o dólar nas alturas. Rodrigo diz que a maior presença de tablets intermediários e premium, que contam com especificações mais robustas no mercado, ajudou no preço médio das vendas que subiu 44,7% quando comparado com o mesmo período de 2019, e 47,4% quando comparado com os três primeiros meses de 2020.
Em números opostos, enquanto o varejo vendeu menos, o público corporativo registrou bons resultados com alta de 47,3% nas vendas do segundo trimestre deste ano. No total foram vendidos pouco mais de 438 mil tablets para o consumidor final e quase 39 mil tablets para empresas.
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