A operadora americana AT&T está procurando compradores para a DirecTV, seu braço de TV paga via satélite. A tentativa de venda ocorre após alta no cancelamento de acessos, e impacta o Brasil de certa forma: a DirecTV é dona da Sky, que é a segunda maior operadora de TV no país e também vende serviços de banda larga fixa através de rede 4G.
De acordo com a Bloomberg, a operadora mantém conversas sobre a venda com fundos de investimento. O negócio não necessariamente envolveria a totalidade das ações, e a AT&T poderia continuar como sócia minoritária. A venda da companhia iria melhorar os resultados financeiros do conglomerado, que perdeu cerca de 7 milhões de assinantes desde o segundo semestre de 2018.
Além disso, fontes do Wall Street Journal apontam que a DirecTV tem valor de mercado abaixo de US$ 20 bilhões, bem distante dos US$ 49 bilhões pagos pela AT&T em 2015. A migração para serviços de streaming e os preços crescentes do serviço de TV paga tradicional impulsionam o mau desempenho.
Continuar no mercado de TV por assinatura é importante para o modelo de negócios da AT&T: a empresa também é dona da Time Warner, que controla empresas como Warner Channel, HBO, Cartoon Network, CNN e Boomerang. A companhia também atua no mercado de TV por assinatura via streaming através do DirecTV Now.
Qualquer negócio que envolva a DirecTV acaba impactando o Brasil, uma vez que o grupo é dono da Sky, que conta com cerca de 4,6 milhões de assinantes de TV por assinatura (quase 30% de todo o mercado) e 225 mil acessos de banda larga fixa com tecnologia 4G.
A Sky também vem perdendo clientes no Brasil: em um ano a operadora desconectou cerca de 400 mil assinantes de TV por assinatura. A empresa cogita comprar os ativos de TV paga da Oi por R$ 20 milhões.
Além do Brasil e Estados Unidos, a DirecTV mantém operações na Argentina, Chile, Colômbia, Equador, México, Peru, Uruguai, Venezuela e algumas ilhas caribenhas.
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