O Nubank está fazendo mistério sobre uma rodada de investimento realizada em junho de 2020: ela não foi anunciada oficialmente, sendo publicada apenas em um documento enviado à SEC, comissão de valores mobiliários dos EUA. A fintech levantou US$ 300 milhões, ou cerca de R$ 1,6 bilhão. Ela teve prejuízo de R$ 95 milhões no primeiro semestre deste ano.
O documento da SEC foi emitido pela Nu Holdings, sediada nas Ilhas Cayman. Ele afirma que cinco investidores participaram dessa rodada, sem explicitar quais. São mencionados apenas os nomes de David Vélez, fundador e CEO do Nubank; Doug Leone, do Sequoia Capital; Nicolas Szekasy, da Kaszek Ventures; e Meyer Malka, do Ribbit Capital.
De acordo com a CB Insights, esta foi a terceira maior rodada de investimento entre todas as fintechs do mundo durante o segundo trimestre. O Nubank divide o pódio com empresas sediadas nos EUA como a Stripe e a Robinhood.
O Nubank se recusa a comentar o aporte. No ano passado, a empresa arrecadou US$ 400 milhões e divulgou o marco em seu blog oficial; segundo a Bloomberg, ela passou a valer mais de US$ 10 bilhões na época.
Desde 2014, o Nubank fez onze rodadas de investimento que renderam US$ 1,4 bilhão à fintech, segundo o Crunchbase. Ela nunca teve lucro, e depende em parte desse dinheiro para investir na expansão do negócio. A empresa recebe uma porcentagem de cada gasto realizado no cartão sem anuidade, além de cobrar juros de atraso.
No primeiro semestre de 2020, o Nubank registrou um aumento de 104% na receita de intermediação financeira, que chegou a R$ 2,079 bilhões. Enquanto isso, o prejuízo caiu 32% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 95 milhões. O diretor financeiro Marcelo Kopel afirma que “o prejuízo é uma decisão e por isso esperado como parte da estratégia de crescimento”.
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