terça-feira, 16 de junho de 2020

Oi quer vender divisão de telefonia celular por R$ 15 bilhões ou mais | Telecomunicações | Tecnoblog

A Oi publicou um fato relevante nesta segunda-feira (15) que detalha os planos para se desfazer de seus ativos, a fim de captar dinheiro e executar o plano estratégico. A operadora espera vender a divisão de telefonia móvel por pelo menos R$ 15 bilhões; esse negócio colocaria um fim ao longo plano de recuperação judicial.

Oi

A proposta da Oi envolve formar quatro unidades produtivas isoladas (UPIs) e assim segregar os negócios. Serão criadas estas divisões:

A maior e mais importante venda se concentra na unidade móvel da operadora. A Oi expõe o critério de venda pelo maior valor, salvo se a segunda melhor proposta tenha risco de execução menor, mediante diferença no preço de até 5%.

A intenção de buscar um sócio para a InfraCo também é uma novidade importante: é como se a Oi buscasse sócios para expandir fibra óptica pelo Brasil, com a criação de uma rede neutra. Isso é interessante para maximizar a taxa de ocupação da rede, mas a operadora perderia exclusividade para usar a infraestrutura.

A Oi espera que o cronograma de leilão da UPI de ativos móveis ocorra até o final de 2020, com conclusão de venda até o término de 2021. As unidades de torres e data center têm leilões previstos para outubro de 2020 com conclusão até o final do ano, enquanto o leilão da InfraCo deve ocorrer no 1° trimestre de 2021 com conclusão do negócio no 3° trimestre.

O fato relevante divulgado hoje explica que a venda da Oi Móvel levaria ao fim da recuperação judicial, processo que vem se estendendo desde 2016.

“A recuperação judicial será encerrada mediante a liquidação e efetiva transferência da UPI Ativos Móveis para o seu respectivo adquirente, ou em prazo inferior, caso aprovado pelo Juízo da RJ [recuperação judicial] após requerimento das Recuperandas nesse sentido”, explica a Oi.

O aditamento (complemento à recuperação judicial) ainda precisa ser submetido para votação na Assembleia Geral de Credores e homologação na Justiça; podem acontecer algumas mudanças durante o processo.

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