É hora de comprar o primeiro servidor para a empresa? A decisão sobre instalar ou contratar servidores faz parte do processo de crescimento de qualquer negócio. A adoção desse tipo de infraestrutura pode modernizar as rotinas e o trabalho dos seus funcionários, dar ganhos de produtividade e tornar o negócio mais eficiente. Por outro lado, investimentos feitos sem planejamento podem gerar prejuízos e tornar traumático o processo de digitalização da empresa. Veja, a seguir, uma lista de perguntas e respostas para descobrir oportunidades, riscos e custos de investir no primeiro servidor da sua empresa.
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Descubra se é hora de comprar o primeiro servidor para sua empresa — Foto: Divulgação/Dell
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1. O que é um servidor?
De forma resumida, pode-se dizer que um servidor é semelhante a um computador comum. Ele é formado pelos mesmos componentes: processador, memória, interfaces de entrada e saída, armazenamento etc. A grande diferença entre um PC e um servidor está no fato de que estes são feitos para dar conta de múltiplos usuários ao mesmo tempo e rodam sistemas operacionais e aplicações próprias para esse tipo de uso.
Um servidor, seja ele local ou na nuvem, pode controlar várias contas de e-mail da empresa e gerenciar acesso a pastas e documentos de acordo com cada setor – de forma que a área de vendas não tenha acesso ao material usado pelo RH, por exemplo. Além disso, pode funcionar como gerenciador de um banco de dados, de acesso a impressoras, plataforma automatizada de controle de backups, entre outras alternativas.
Outra função do servidor é agilizar os processos e necessidades empresariais, permitindo alocar e compartilhar arquivos, estabelecer regras e permissões de usuários e ser utilizado como servidor de aplicações. É muito usado para a adição de plataformas como: softwares de gerenciamento do relacionamento com o cliente (CRM), estatísticas/BI, plataforma de vendas.
Também é possível usar a estrutura para a criar uma intranet – rede de computadores interna, de acesso exclusivo da empresa, que permite aos funcionários trabalhar remotamente, acessando recursos e dados a distância — além de contar com ferramentas preditivas automatizadas, com recursos de gerenciamento, que permitem monitorar e fazer reparos de forma remota.
2. Quantos funcionários devo ter para comprar um servidor?
Não é necessário ter uma empresa de grande porte para adotar o uso de servidores — Foto: Divulgação/Google
Não há um número "X" que funcione como parâmetro para essa decisão, mas há indícios que se intensificam conforme a empresa cresce. Se você precisa que diferentes áreas compartilhem dados e cada setor tenha acesso apenas ao que lhe interessa, o servidor pode ser a melhor opção.
Outros cenários que influenciam são: coordenar equipes em diferentes unidades, a necessidade de fazer backups regulares ou de criar infraestrutura de dados de acesso exclusivo do seu negócio. Além disso, servidores podem permitir a aplicação de políticas digitais de segurança mais rígidas.
3. Quais são as vantagens e desvantagens de começar a usar um servidor?
A principal desvantagem é o custo, especialmente, se a aquisição não for bem planejada. Algumas empresas superestimam suas necessidades. Isso leva a investir pesado em um recurso que passa a maior parte do tempo ocioso (ou cujos valores aumentam conforme o tempo, no caso da nuvem). Outro fator negativo é a ruptura na rotina dos funcionários. A adoção de uma tecnologia nova pode gerar estresse e desgastes até que todos aprendam a usar a ferramenta e aceitem a novidade.
O servidor local precisar de um espaço dedicado na empresa — Foto: Reprodução/Dell
As vantagens, por outro lado, são várias e dizem respeito principalmente ao tipo de problema que você precisa resolver, como citado acima. Além disso, o uso do servidor abre espaço para aplicar práticas de segurança e de planejamento, como implementação de sistema automatizado de backups dos dados da empresa – algo que nem sempre é preocupação de negócios menores.
4. Quais são os tipos de servidores disponíveis no mercado?
A escolha da solução certa de servidor começa pelo entendimento de como ele será usado. Qual o número e tipo de aplicativos executados, e quantos clientes ele terá. Muitos aplicativos comuns, como compartilhamento de documentos do Office, impõem demandas de processamento tão fáceis que um único servidor de baixo custo pode ser capaz de gerenciar toda sua empresa com facilidade. Outras tarefas, como hospedagem de grandes bancos de dados ou bibliotecas de imagens, exigem mais potência para processamento aliada a discos rígidos grandes e rápidos e conexões de rede com grande capacidade.Em termos de servidores locais, em que você instala a máquina na empresa, existem três formatos: torre, rack e blade.
O tipo torre é o mais simples e o mais recomendado para o primeiro servidor. À primeira vista, lembra o gabinete de um PC convencional. Assim como um desktop, tem como vantagem a alta capacidade de customização: você pode alterar com facilidade os componentes de hardware para ganhar performance na torre. Servidores estilo torre podem ser a melhor opção para uma empresa pequena e com espaço limitado, que precisa de processamento centralizado sem uma sala de dados e deseja reduzir a suscetibilidade a invasões e ataques através de um local central. Caso haja demanda para vários servidores ao mesmo tempo, racks e blades podem ser mais interessantes.
Os servidores podem ser do tipo torre, rack e blade — Foto: Reprodução/Dell
Os servidores tipo rack são montados em estruturas metálicas que permitem empilhar vários deles em um espaço limitado. A ideia é oferecer grande densidade, economizando área no data-center. Embora tenham perfil versátil, eles são uma boa escolha apenas em situações em que você já tem o rack e pretende instalar vários servidores diferentes: um para e-mails, outro para intranet, um terceiro para os backups e assim por diante.
Como cada rack é um servidor diferente, os racks são úteis para quem tem uma demanda grande de processamento de dados e está ciente dos custos envolvidos na instalação e manutenção de todo esse hardware.
Já o tipo blade funciona com um gabinete que oferece componentes básicos e permite a adição de vários blades. Cada um pode ser comparado a uma placa-mãe com seus componentes fundamentais, como processamento, memória e armazenamento. A ideia também gira em torno de economia de espaço, mas oferece alta escalabilidade: o departamento de TI pode aumentar o poder do servidor com a adição de novas blades com relativa facilidade.
Racks economizam espaço, mas exigem ambiente com refrigeração poderosa — Foto: Divulgação/Dell
5. Nuvem ou equipamentos: qual escolher?
Há duas abordagens para usar um servidor na empresa. Uma é comprar um equipamento próprio (servidor “on premises”), o que demanda profissionais de TI responsáveis pela configuração e manutenção, além de infraestrutura específica. A outra é alugar um servidor remoto na nuvem.
A decisão varia caso a caso. A adoção de servidores locais (“on premises”) tem custos relacionados maiores. Além de equipe, a empresa terá que destinar uma sala para o equipamento, refrigerada 24 horas por dia, e oferecer recursos como nobreak para prevenir picos e quedas de energia que derrubariam o sistema.
Já a escolha da nuvem transfere todas essas responsabilidades para o serviço contratado. No geral, servidores remotos na nuvem são menos traumáticos e representam um custo de saída mais baixo. Além disso, as preocupações com hardware, segurança e manutenção dos seus dados são do seu provedor.
Servidores locais têm custo inicial maior, mas o controle sobre a manutenção é maior — Foto: Divulgação/Backblaze
A diferença, no entanto, é o efeito da passagem do tempo na conta. No caso de um servidor local, o custo inicial é grande, mas tende a diminuir: o servidor entra em operação e os custos de manutenção são previsíveis e controlados. Os ganhos de produtividade na empresa podem compensar o investimento.
No caso da nuvem, o custo inicial é mais baixo, mas será cobrado em intervalos regulares (em geral, os planos de assinatura trabalham com mensalidades). A depender do plano que você contratou, é até possível que os custos escalem conforme o uso. Suponha que seu servidor atende o setor de vendas. Se sua empresa começar a vender mais do que o previsto no primeiro mês – aumentando a demanda sobre o servidor na nuvem – o custo da assinatura do serviço também pode aumentar consideravelmente.
O inverso também acontece: um serviço contratado subutilizado em face ao valor pago. Outro ponto importante para ficar atento é que os provedores são, em geral, estrangeiros e é possível que os custos estejam tabelados em dólar – o que pode dar ainda mais susto na hora de pagar a fatura.
6. Qual é o investimento inicial?
Rack economiza espaço, mas alta concentração de hardware aumenta estresse e custos de refrigeração da sala — Foto: Divulgação/Hammond
Um servidor de entrada no Brasil tem preço competitivo e bem parecido com o de um bom computador. Há torres de diversas marcas com valores a partir de R$ 4.000. Nessa faixa de preço, o hardware é relativamente modesto. Torres mais parrudas custam de R$ 10.000 em diante, o céu é o limite tanto em hardware como em preços. No caso de uma instalação local, esses custos podem subir com a necessidade de adequação de um espaço e contratação de profissionais.
Custos para blades para instalação em racks também variam. É possível encontrar produtos custando desde R$ 5.000 a preços que batem a faixa dos R$ 40.000 para blades com hardware de ponta e desenhadas para cenários exigentes.
Conclusão
A aplicação de um servidor na empresa pode revolucionar fluxos de trabalho e contribuir para ganhos de produtividade e eficiência. Mas a escolha do formato ideal e a decisão para fazer o investimento devem acompanhar as demandas reais do negócio, caso contrário, o investimento pode ser muito alto e difícil de recuperar.
Via PC World, ZDNet, Tech Radar, GeeksOnSite
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