Só na primeira semana de funcionamento, o Pix movimentou R$ 9,3 bilhões. Mas isso é só o começo. O sistema foi desenvolvido para suportar um volume muito maior de transações. Isso inclui aquelas realizadas via funcionalidades futuras. Entre elas estarão uma opção de QR Code offline e a já prevista função de saque de dinheiro via Pix.
A informação foi dada durante o evento Money Week por Breno Lobo e Carlos Eduardo Brandt, chefe e chefe-adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, respectivamente.
Inicialmente, a dupla fez questão de esclarecer dúvidas sobre cobranças de tarifas no Pix. Eles garantiram que o serviço é gratuito para pessoas físicas e que o Banco Central não pretende tarifar as transações para essa categoria.
Pessoas jurídicas poderão ser tarifadas a partir de 2021 pelas instituições financeiras em determinadas situações, mas o Banco Central promete acompanhar de perto esse movimento. Isso porque o órgão espera que, a despeito dessas cobranças, a pessoa jurídica tenha redução de custos com operações de pagamentos (em relação aos custos existentes antes do Pix).
Vale lembrar que o Pix poderá ser cobrado de pessoa física quando a transação tiver finalidade comercial (quando a pessoa recebe valores via Pix correspondentes a produtos vendidos, por exemplo).
Com relação às novas funcionalidades, Brandt lembrou do saque via Pix, recurso que já havia sido prometido. A ideia é permitir que o usuário saque uma quantia em espécie no caixa de uma loja, por exemplo. Com isso, o consumidor ficará menos dependente de caixas eletrônicos. Para o estabelecimento, uma das vantagens estará no acúmulo menor de cédulas no decorrer do dia.
Outro recurso futuro destacado é o QR Code offline. Para fazer um pagamento via Pix, o celular do usuário precisa de conexão à internet. Nas circunstâncias em que isso não for possível, o recebedor (como uma loja) poderá gerar o QR Code de pagamento e “rotear” a conexão para que o pagador realize o procedimento. Não ficou claro como isso será realizado, porém.
Lobo e Brandt também mencionaram o Pix garantido. Essa função será semelhante ao Pix agendado (permite programar um pagamento via Pix para uma data específica), com a diferença de que ao recebedor será garantido o recebimento do valor na data combinada, mesmo que o pagador não tenha saldo para isso. Nessa situação, o valor será garantido pela instituição financeira usada pelo pagador.
Débito automático, pagamento por aproximação (NFC) e uma espécie de versão do DDA (Débito Direto Autorizado) estão entre os demais recursos previstos para o Pix.
No entanto, nenhuma das mencionadas funções tem data definida para estrear. O Banco Central revela apenas que irá iniciar os estudos sobre elas no começo de 2021.
Com informações: Exame.
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