O Instagram anunciou, nesta quinta-feira (13), que passará a pedir a identidade do usuário quando detectar comportamentos atípicos na plataforma. O novo recurso de segurança visa combater contas que estejam enganando a comunidade, incluindo bots, explica a empresa em comunicado.
Ao que tudo indica, a rede social pretende apertar o cerco para combater informações falsas e discursos de ódio, que entraram em debate nos últimos meses.
O Instagram explica que analisará vários sinais antes de pedir a identificação do titular da conta. Por exemplo, se um perfil criado no Brasil possui muitos seguidores em outro país, a plataforma pode, então, solicitar uma identidade para averiguar se não há robôs operando aquele perfil.
“Queremos deixar claro que essa mudança se aplicará apenas a um pequeno número de nossa comunidade. A maioria das pessoas não será afetada”, garante.
Após a verificação, se não houver nada irregular, a rede social deixará a conta funcionando novamente. Sem a confirmação, o Instagram pode reduzir o alcance do perfil ou desativar a conta. Uma investigação mais ampla não está descartada, caso haja a identificação de outro problema durante a análise.
Vale lembrar que o Facebook apresentou ontem (12) alguns números de combate ao discurso de ódio em suas plataformas. No Instagram, a empresa destacou o aumento de remoção desses conteúdos: só no segundo trimestre deste ano foram removidos 3,3 milhões de posts, enquanto no primeiro trimestre esse número ficou em 808,9 mil.
De acordo com o Facebook, o aumento só foi possível graças à expansão de tecnologias de detecção proativa.
Em junho, o Facebook sofreu um boicote de mais de 100 anunciantes por ter uma política tímida contra discurso ódio e fake news. No entanto, as empresas de Mark Zuckerberg não estavam isoladas, isso porque o Twitter também passou por momentos difíceis com o boicote.
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