Por Filipe Garrett, para o TechTudo
Escolher um notebook novo requer cuidado e atenção. É importante ficar atento às especificações, procurando saber o tipo de processador, sua geração, e também se o armazenamento é em HD ou SSD, por exemplo. Além disso, é interessante buscar por um produto com tecnologias recentes, como Bluetooth 5.0, Wi-Fi 6 ou até mesmo portas USB-C, aspectos presentes em diversos modelos de marcas como Apple, Samsung, Dell, Lenovo, Acer, entre outras.
Vale lembrar que cuidados do tipo são ainda mais importantes em notebooks, já que, ao contrário de desktops, muitas vezes não permitem upgrades futuros. Confira a seguir algumas dicas que podem ajudar você a comprar um notebook atual em 2021.
Galaxy Book S é novo notebook premium da Samsung com 17 horas de bateria
É importante ficar atento ao formato da tela do notebook — Foto: Reprodução/Samsung
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Processadores mais recentes
Nem todo notebook vai ser ótimo por trazer um processador Core i7. Há diversos computadores no mercado à venda com chips de sexta geração, originalmente lançados pela Intel em 2015. Isso significa uma CPU mais lenta e que gasta mais energia para funcionar, mesmo em relação a um Core i3 de décima primeira geração, lançado agora em 2021, por exemplo.
Processador mais recentes garantem maior performance e menor consumo — Foto: Divulgação/Intel
Se você não quiser se aprofundar muito nas diferenças entre processadores e suas características, essa noção de buscar sempre CPUs mais recentes já é uma ótima saída. Após garantir que o processador é fruto de uma arquitetura mais recente, você pode prestar atenção em detalhes como velocidades de processamento e quantidade de núcleos: nos dois casos, quanto mais, melhor.
Para quem deseja se aprofundar mais nos detalhes, é importante evitar processadores com dois núcleos e procurar unidades com quatro, ou mais. Além disso, é interessante dar preferência a chips com tecnologias como Hyper-Threading (ou SMT, no caso de processadores Ryzen, da AMD), que vão permitir mais linhas de trabalho na máquina.
Prefira um SSD
SSDs, sejam eles SATA ou NVMe, são mais rápidos e resistentes do que HDs — Foto: Filipe Garrett/TechTudo
SSDs trazem duas grandes vantagens na comparação com HDs: a primeira é que são muito mais rápidos para ler e gravar arquivos, permitindo carregar o Windows 10 em alguns poucos segundos. Além disso, são mais resistentes e não sofrem danos tão facilmente, o que leva a uma boa durabilidade.
A contrapartida é que SSDs são mais caros e acabam aparecendo em unidades de menor capacidade nos notebooks à venda no Brasil. Caso opte por um armazenamento menor, é interessante usar a nuvem, seja no Google Drive, Dropbox ou OneDrive para compensar o tamanho reduzido do disco. Outra alternativa é ter um HD ou SSD externo para complementar o espaço.
Pelo menos 8 GB de memória RAM
Mínimo de 8 GB de memória é essencial para garantir que o notebook vá ter fôlego pelos próximos anos — Foto: Divulgação/Lenovo
É na memória RAM que os dados e apps em uso ficam armazenados, prontos para serem acessados pelo sistema assim que você precisar. É por conta disso que ter mais memória é algo benéfico, já que vai permitir fazer mais coisas ao mesmo tempo – e mais rapidamente.
Com 8 GB, é possível ter capacidade suficiente para rodar o sistema operacional e até aplicações mais exigentes sem muita dificuldade. Se, no entanto, você estiver de olho em games ou em trabalho de edição de vídeo, imagem e 3D, por exemplo, considere investir em opções com 16 GB ou mais.
Verifique se upgrades são possíveis
Notebooks não são como desktops: você tem uma margem de manobra reduzida a respeito de upgrades e, geralmente, as configurações na compra são as mesmas durante toda a vida útil do computador. Mas alguns produtos permitem o aumento de armazenamento interno e memória RAM.
Notebooks que permitem upgrades podem ser mais interessantes no longo prazo — Foto: Filipe Garrett/TechTudo
A ideia de fazer upgrades de armazenamento é simples. Você pode optar por um notebook com um SSD de 256 GB e, depois de algum tempo, comprar e instalar (por conta própria ou com o auxílio de um técnico especializado) um SSD de maior capacidade. Alguns laptops são ainda mais versáteis e permitem a instalação dois ou três discos simultaneamente para somar capacidades de armazenamento que rivalizam com desktops.
Vale ressaltar que isso só será possível em notebooks com slots SATA ou M.2 (NVMe e/ou SATA) disponíveis. Afinal, existem notebooks com SSD soldado na placa-mãe, como os MacBooks, da Apple, que impossibilitam que o usuário instale mais armazenamento com o tempo.
O princípio é parecido para memória RAM. Você pode comprar um notebook com 8 GB de capacidade e, no futuro, adicionar outros 8 GB para um total de 16 GB, por exemplo. Entretanto, é muito importante ficar atento às especificações de memória dos notebooks no mercado, já que é muito comum ver modelos que trazem apenas um slot ou mesmo memória soldada na placa.
Considere telas com aspecto em 16:10
Telas 16:10 ainda não são tao comuns no mercado, mas a tendência é que se popularizem. Notebooks com esse tipo de display têm uma proporção maior no eixo vertical e acabam garantindo um aproveitamento melhor de espaço frontal do produto.
O resultado é uma tela mais adequada ao uso em notebooks, permitindo que caiba mais informação no mesmo espaço que seria ocupado por um display de 16:9 com suas bordas.
Dell XPS 13 é um exemplo de notebook com tela 16:10 — Foto: Yuri Hildebrand/TechTudo
Atenção às interfaces
É importante ficar atento às portas e interfaces oferecidas pelo notebook. Hoje em dia, ter ao menos uma USB-C é importante, assim como algum tipo de interface de vídeo – de preferência HDMI – e conexões sem fio. O Bluetooth 5.0 é o padrão mais recente, assim como o Wi-Fi 6 (802.11ax).
Notebooks também podem trazer leitores de cartão de memória em formato SD, que aceita cartões maiores, e adaptadores para microSD. Além disso, existem modelos com slot microSD, que só permite uso de cartão de memória desse formato.
Variedade de interfaces, bem como a presença de portas USB-C, podem ser diferenciais importantes — Foto: Filipe Garrett/TechTudo
Com informações: AARP, DigitalTrends e Forbes
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