O bitcoin (BTC) caiu para US$ 44 mil nesta sexta-feira (26) e caminha para a maior desvalorização semanal de preço em quase um ano. Na mesma semana em que a criptomoeda atingiu seu máximo histórico de US$ 58 mil, o ativo também caiu 32% para a mínima de hoje. Dependendo do fechamento deste domingo, essa deverá ser a maior retração desde março de 2020.
Após cair para abaixo dos US$ 45 mil na manhã de hoje, conforme aponta o índice CoinDesk, a criptomoeda retomou um pouco de força. Mesmo assim, o ativo perdeu 9% de valor nas últimas 24 horas.
Comparando os preços de abertura no último domingo com o preço de hoje do criptoativo, já é aproximadamente 22% de desvalorização. Na segunda semana de março de 2020, essa mesma variação foi de -33%. Até o momento, a atual queda acumulada é a maior retração semanal desde então.
Porém, se compararmos as mínimas e máximas da semana, o bitcoin despencou do recorde de preço atingido no domingo (21) para o menor valor registrado nesta sexta, representando cerca de 32% de desvalorização.
Somente nesta semana aconteceram diversos eventos que levaram o preço do bitcoin para baixo, e alguns que o levaram para cima. Contudo, mesmo com a compra de mais de US$ 1 bilhão em BTC por duas grandes empresas, o balanço ainda é negativo para o desempenho da criptomoeda.
Cronologicamente, tudo começou com as falas de Elon Musk no Twitter na última sexta-feira (19). Em resposta a questionamentos do CEO da Binance, o dono da Tesla afirmou: “Para ser claro, não sou um investidor, sou um engenheiro. Eu nem mesmo tenho ações negociadas publicamente além da Tesla. No entanto, quando a moeda fiduciária tem juros reais negativos, apenas um tolo não procuraria outro lugar. O bitcoin é quase a mesma bobagem de uma moeda fiduciária. A palavra-chave é ‘quase’”.
Contudo, a parte que o bitcoin seria “quase a mesma bobagem de uma moeda fiduciária” foi rapidamente destacada por usuários e pelo mercado. Além disso, durante o último final de semana Musk respondeu a um seguidor dizendo que o preço do bitcoin (BTC) e do ether (ETH) estariam altos demais.
“É uma forma extremamente ineficiente de conduzir transações”, falou Janet Yellen, Secretária do Tesouro americano sobre o bitcoin nesta segunda-feira (22). Neste mesmo dia, a criptomoeda se desvalorizou em mais de US$ 10 mil e sofreu sua maior queda diária da história.
Além disso, Yellen criticou o ativo afirmando novamente que ele facilitaria atividades ilícitas. Ela concluiu seu discurso dizendo que a criptomoeda nunca será usada como moeda de troca e que “a quantidade de energia elétrica consumida no processamento das transações é impressionante”.
Nesta mesma segunda-feira, Bill Gates também falou sobre a criptomoeda em entrevista. O fundador da Microsoft nunca se mostrou fã do bitcoin, mas desta vez ele emitiu um alerta aos investidores: “Se você tem menos dinheiro do que Elon Musk, provavelmente deveria tomar cuidado”.
“Elon tem muito dinheiro e é muito sofisticado. Eu não estou preocupado se seus bitcoins vão aleatoriamente subir ou cair. Mas eu acho que as pessoas atraídas por essa euforia podem não ter tanto dinheiro disponível”, explicou Gates. Por fim, ele também levantou críticas ao uso prático da criptomoeda, afirmando que seu gasto energético é grande demais.
Um onda de vendas no mercado financeiro tradicional ocorreu nesta semana. Os preços das ações de gigantes da tecnologia como Amazon, Google e Tesla caíram na última quinta-feira (25). O bitcoin, como um criptoativo, também sofre influências externas e acabou sendo afetado pelo prejuízo dos grandes players.
O conjunto da obra até aqui foi extremamente desfavorável para a criptomoeda que, por isso, pode enfrentar sua maior desvalorização semanal de preço em quase 1 ano.
Com informações: CoinDesk
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