Aplicativos que monitoram o sono estão disponíveis há anos para Android, mas a forma como eles são executados em segundo plano no sistema operacional pode deixá-los menos precisos. Felizmente, uma API recém-liberada pelo Google promete amenizar esse problema.
Convenientemente chamada de Sleep API, o recurso faz parte do conjunto de APIs de reconhecimento de atividades do Google. O que essas APIs fazem, basicamente, é acionar os sensores do celular para detectar ações executadas pelo usuário.
No caso da Sleep API, os sensores de luminosidade e movimento do aparelho são verificados com base em um modelo de inteligência artificial para estimar quando o usuário está dormindo e quando ele desperta.
Graças a isso, a API pode ser usada em aplicativos de despertador inteligente ou em ferramentas desenvolvidas especificamente para monitorar ou avaliar a qualidade de sono do usuário.
Os apps conseguem fazer esse trabalho por meio de algoritmos próprios. O problema é que, com o intuito de poupar bateria ou evitar degradação do desempenho, fabricantes podem interferir no modo como aplicativos trabalham em segundo plano.
Se isso acontece com um app de sono, um despertar do usuário durante a noite ou o momento no qual ele começa a dormir podem não ser detectados, por exemplo, tornando os relatórios gerados menos confiáveis.
Como a API padroniza o acesso aos recursos para monitoramento de sono, a expectativa é a de que esses problemas se tornem menos frequentes. Além disso, a padronização pode otimizar o consumo de recursos, poupando a bateria.
Mas, é claro, isso dependerá da adesão dos desenvolvedores. De acordo com o Google, a Urbandroid, responsável pelo aplicativo Sleep as Android, é a primeira empresa a aderir à Sleep API.
Convém não esperar por mudanças muito drásticas, porém. Petr Nalevka é o responsável pela Urbandroid e, ao Android Police, explicou que a API trata apenas de parâmetros ligados à perpetuação do sono. Recursos complementares, quando existirem, continuarão tendo que ser executados em segundo plano pelos aplicativos.
Dúvida (aproveitando a deixa da notícia): um smartwatch não seria mais preciso e confiável em monitoramento de sono?
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