O Twitter ainda vive o trauma do ataque hacker sofrido em julho, mas já tem outro problema para se preocupar: a companhia pode receber uma multa de até US$ 250 milhões da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) por ter permitido que números de telefone e e-mails de usuários fossem usados para campanhas de anúncios direcionados.
Essa novela começou em outubro de 2019, quando o Twitter admitiu ter permitido que anunciantes realizassem campanhas publicitárias na plataforma com base nos referidos dados. Pode não parecer nada demais. O problema é que esses dados foram fornecidos pelos usuários exclusivamente para uso de autenticação em dois fatores.
Na época, o Twitter explicou que esse comportamento não foi intencional, mas efeito de uma falha (já corrigida). Porém, a FTC não engoliu esse argumento. Para o órgão, a rede social violou uma norma que, basicamente, determina que a empresa não engane o usuário sobre a forma como ela protege informações pessoais.
O acordo que estabelece essa norma foi assinado em 2011 para encerrar investigações sobre incidentes de segurança e privacidade que estavam em andamento na época. O uso inadvertido dos dados aconteceu entre 2013 e 2019, o que significa que, do ponto de vista legal, o Twitter pode realmente ter cometido uma infração.
Como consequência, o Twitter revelou ter recebido, em 28 de julho, um rascunho de um documento da FTC que descreve as supostas infrações. O rascunho corresponde a uma denúncia que deve ser apresentada oficialmente em breve.
Em comunicado enviado à SEC, comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, o Twitter parece prever o pior: a companhia está reservando US$ 150 milhões para o pagamento da provável multa, mas reconhece que o montante pode chegar a US$ 250 milhões.
Não ficou claro quantos usuários teriam sido afetados pela suposta falha.
Com informações: TechCrunch.
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