A operadora estatal regional Sercomtel foi vendida durante um leilão realizado nesta terça-feira na bolsa de valores B3. O fundo de investimento Bordeaux, único proponente do arremate, ofereceu R$ 0,10 por ação ordinária, ágio de 900% sobre o preço de referência (R$ 0,01). A companhia pertencia à Prefeitura de Londrina e à concessionária de energia Copel, do Paraná.
Caso todos os trâmites burocráticos sejam aprovados, o Bordeaux terá de injetar pelo menos R$ 50 milhões de imediato e outros R$ 80 milhões ao longo dos próximos 18 meses, totalizando R$ 130 milhões. O secretário de governo de Londrina espera que o sinal verde da Anatel e Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) leve até 90 dias.
O negócio encerra uma dívida de R$ 30 milhões da prefeitura de Londrina e capitaliza a Copel. A companhia de energia do Paraná também tem um braço de telecomunicações, oferecendo internet banda larga por fibra óptica; no entanto, ela quer vender essa subsidiária e sua rede de fibra de 34 mil km no estado.
No leilão, o presidente da Sercomtel comemorou o ágio e confessou que o setor público não consegue acompanhar a velocidade das inovações tecnológicas. O maior exemplo disso é que a companhia tem serviço celular apenas nas tecnologias 2G e 3G – isso mesmo, não há cobertura em 4G.
A Sercomtel é uma empresa que opera no regime de concessão em Londrina e região, mas é autorizada em outras cidades através da infraestrutura de fibra óptica da Copel. A principal acionista é a própria Copel, que detém 45% das ações, enquanto outros 44% pertencem à prefeitura de Londrina.
A companhia atua no mercado de de banda larga com cabos metálicos e fibra, além de operar em telefonia fixa e móvel; são cerca de 430 mil clientes no total.
Com informações: Teletime.
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